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Caixa pode voltar a financiar imóvel usado

A Caixa estuda a possibilidade de lançar , até o fim de março, novas modalidades de financiamento que devem beneficiar a classe média.

Por Agencia Estado
Atualização:

A classe média poderá ter novamente a chance de financiar imóveis usados por meio da Caixa Econômica Federal. Até o fim de março, a instituição deverá lançar três novas modalidades de financiamento - a poupança programada, o consórcio de imóveis e o título de capitalização e estuda a possibilidade desses produtos serem destinados a esse público. Em setembro do ano passado, a Caixa suspendeu o financiamento para a classe média - pessoas que têm renda familiar mensal acima de R$ 2 mil. A única modalidade de financiamento que continuou à disposição dos interessados normalmente foi o financiamento com recursos do Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço (FGTS), para quem recebe, mensalmente, menos de R$ 2 mil. Financiamento ajuda a criar emprego Em janeiro deste ano, no entanto, a instituição retomou o crédito habitacional para famílias que recebem mais de R$ 2 mil para imóveis prontos ou de R$ 3.250 para unidades na planta. Isso ocorreu principalmente porque a verba para os financiamentos - R$ 1 bilhão - foi liberada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) com o objetivo de gerar 160 mil empregos. As três novas modalidades de financiamento que devem ser lançadas até o fim do primeiro trimestre deste ano não devem usar recursos do FAT. A idéia da Caixa é atrelar a liberação dos recursos para a compra da casa própria a algum tipo de poupança prévia. Para lançar oficialmente o primeiro grupo de consórcio de imóveis, a Caixa tem de lançar uma nova empresa administradora e, para isso, espera a aprovação de uma medida provisória ou mesmo um projeto de lei pelo Congresso Nacional - como a instituição é pública, depende da aprovação do governo para qualquer mudança. O título de capitalização e a poupança programada devem ser oferecidos juntamente com o consórcio para dar mais opções para a clientela. Versão melhorada do Poupanção A poupança programada será uma versão melhorada do antigo Poupanção. Segundo o presidente da Caixa, Emílio Carazzai, a fórmula anterior não tinha equilíbrio financeiro, o que obrigava a Caixa a ter que buscar novos depositantes para manter o fluxo de liberação de recursos. Agora, o que se pretende é vincular o valor da carta de crédito ao período e montante dos recursos acumulados pelo poupador. Assim, quanto mais tempo o cliente poupar, maior será o valor do financiamento a que ele terá direito. A principal característica dessa linha de crédito é assegurar uma remuneração mensal ao candidato a mutuário. O consórcio será direcionado para pessoas que não fazem questão da rentabilidade mensal proporcionada pela poupança. Se escolher esse tipo de financiamento, o cliente terá de pagar todo mês uma determinada quantia e terá direito a participar do sorteio de um financiamento. O título de capitalização é uma mistura das duas opções anteriores. Ele oferecerá uma rentabilidade fixa durante o prazo de aplicação, inferior à da poupança e também dará direito ao aplicador de participar de sorteios periódicos. A taxa de administração cobrada, entretanto, será inferior à paga no consórcio. Essa última opção, de acordo com fontes da própria Caixa, poderá ser direcionada para clientes com baixa renda mensal. Isso porque, atualmente, os títulos de capitalização a disposição no mercado são destinados a esse público. E, provavelmente, será o modelo que apresentará menos exigências relativas a renda mensal e outros itens conferidos normalmente por administradoras de financiamentos.

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