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Caixa reabrirá crédito para imóveis usados

Há oito meses sem liberar financiamento de imóveis usados para famílias de classe média, Caixa Econômica Federal pretende reabrir crédito destinado a consumidores com renda superior a R$ 2 mil.

Por Agencia Estado
Atualização:

Até o fim do primeiro semestre deste ano, a Caixa Econômica Federal (CEF), principal banco que financia imóveis no País, pretende reabrir linhas de crédito habitacional voltadas a famílias de classe média que desejam comprar imóveis usados. Em agosto do ano passado, a Caixa havia deixado de liberar recursos próprios para financiamentos destinados a famílias com renda mensal superior a R$ 2 mil. Em janeiro deste ano, a instituição já havia retomado os financiamentos para consumidores enquadrados nessa faixa renda, mas somente para imóveis prontos. No caso de imóveis na planta, o limite de renda foi estabelecido em R$ 3.250. Nos dois casos, a reabertura do crédito só foi possível devido à liberação da verba de R$ 1 bilhão por parte do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Agora será a vez da retomada dos financiamentos para imóveis usados, suspensos há mais de oito meses. Segundo declarou hoje o presidente da Caixa, Valdery Albuquerque, o financiamento seguirá as regras que vigoram hoje no mercado. "Será uma operação de mercado voltada para clientes que não precisam ser subsidiados", disse. Os financiamentos serão corrigidos pela variação do IGP-M mais a taxa de juros correspondente ao custo de captação de recurso. Essa taxa ainda será definida. Valdery disse ainda que os novos financiamentos cobrirão até 70% do valor do imóvel por um prazo que não mais ultrapassará 15 anos. Na média, o mutuário terá dez anos para quitar seu imóvel. O valor máximo de financiamento será de R$ 180 mil. Outra decisão da Caixa dentro da política de retomada na liberação do crédito habitacional para a classe média foi a alteração, desde o último dia 2 de maio, das condições da Carta de Crédito FAT-Habitação, que usa recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador e é destinada principalmente às famílias com renda superior a R$ 2 mil. O prazo máximo do contrato passou de 150 para 168 meses e o comprometimento máximo da renda da família com a prestação aumentou de 25% para 30%. Neste ano, a direção da Caixa Econômica Federal, ao lado de técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), está estudando uma nova política habitacional que será apresentada ao governo federal. Linhas de habitação voltadas para diferentes faixas de renda e reavaliacões de linhas antigas de crédito estão incluídas no projeto da Caixa.

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