PUBLICIDADE

Câmara terá votação simbólica de MP dos aposentados

Na votação simbólica, os partidos orientam se são a favor ou contra a proposta, o que facilita a aprovação da MP como quer o governo

Por Agencia Estado
Atualização:

A oposição cedeu e vai permitir a votação simbólica (quando não é feito o registro nominal no painel eletrônico) da medida provisória que reajusta em 5% os benefícios da Previdência Social com valor a superior a um salário mínimo (R$350). Essa foi uma das decisões tomada na reunião encerrada na tarde desta segunda-feira entre o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) com os líderes partidários. O líder do PSDB, Jutahy Junior (BA), afirmou que o partido concorda com a votação simbólica mas quer que todos os partidos deixem clara a posição sobre a medida provisória. Na votação simbólica, os partidos orientam se são a favor ou contra a proposta, o que facilita a aprovação da MP como quer o governo. Na votação nominal, o governo corria o risco de perder, como aconteceu na MP que elevou o salário mínimo de R$ 300 para R$ 350. Nessa MP, os deputados e senadores estenderam o reajuste de 16,67% aos benefícios da Previdência Social, seguindo o mesmo reajuste concedido ao mínimo. O presidente Lula vetou nesta segunda-feira esse reajuste aos benefícios. Na votação da MP do salário mínimo, muitos deputados da base governista votaram contra o governo temendo, em ano eleitoral, o desgaste político junto aos aposentados. Caso da votação da MP que está agora na pauta fosse nominal, essa derrota deveria se repetir. "O governo e o PT estão com dificuldade em votar porque temem não ter votos suficientes para aprovar a MP", afirmou Jutahy. "Concordamos que a votação se dê de forma simbólica, com cada partido declarando sua posição. Como somos minoria, nós vamos perder, mas queremos que cada um coloque sua posição de forma clara", completou o líder tucano. Aldo Rebelo marcou uma nova reunião com os líderes na terça-feira, às 11 horas. Até lá, as bancadas serão consultadas sobre a possibilidade de limpar a pauta de votação - trancada por quatro medidas provisórias - esta semana. "O acordo reside na manifestação explícita do líderes de votar as MPS. Todos concordam, mas há um ou outro detalhe que os líderes pediram para ouvir suas bancadas", disse Rebelo. A dificuldade principal de votação estava justamente na medida provisória dos aposentados, que começou a ser votada no dia 7 de junho e, temendo a derrota, os governistas vinham obstruindo as votações. Esta segunda-feira é o primeiro dia do chamado esforço concentrado marcado pelos presidentes da Câmara e Senado. Não deverá haver votações hoje no plenário. Até às 18 horas, apenas 90 deputados haviam entrado na casa. O mínimo para iniciar a votação é de 257 deputados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.