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Camargo Corrêa lança projeto de R$ 2,5 bilhões

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Por Redação
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Depois de prédios comerciais, residenciais de alto padrão e finalmente imóveis para a baixa renda, a CCDI, empresa imobiliária do grupo Camargo Corrêa, quer agora construir cidades. Na última sexta-feira, a companhia confirmou a compra de um terreno na região metropolitana de São Paulo de 5,2 milhões de m², que irá receber cerca de 80 mil moradores, num período de cinco a dez anos. Com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 2,5 bilhões, o projeto pode transformar a construtora em uma das cinco maiores do setor imobiliário brasileiro, segundo analistas. De acordo com o diretor-superintendente da CCDI, Roberto Perroni, o foco do empreendimento é o segmento econômico, já que as unidades custarão, no máximo, R$ 200 mil, com financiamentos em até 30 anos. "Os imóveis abaixo dos R$ 350 mil são hoje a mola propulsora do setor imobiliário", diz Perroni. Com a construção da sua "cidade" em Caieiras, a 19 quilômetros do centro de São Paulo, a proporção de empreendimentos do segmento econômico nos negócios da empresa chegará a 64%. Hoje, representam 42%. Segundo a CCDI, serão construídas 20 mil unidades residenciais, além de infra-estrutura de saneamento básico e pavimentação. A empresa também negocia parcerias para instalar shopping centers e centros de ensino e saúde na área. Por essas características, o projeto segue o modelo mexicano, em que se constroem bairros inteiros, com residências, comércio, escola, serviços e infra-estrutura. "Esse modelo será cada vez mais comum no Brasil", diz o presidente do Sindicato das Empresas de Habitação (Secovi), João Crestana. Segundo ele, com juros mais baixos e prazos de financiamento maiores, o déficit habitacional finalmente virou um nicho de mercado. "Há demanda e a faixa de preço dos imóveis é viável. Não faltarão compradores."

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