25 de março de 2009 | 12h52
A operação deflagrada pela PF acusa quatro diretores e duas secretárias da construtora de movimentar dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar cabo, que determinam a cotação de compra ou venda da moeda norte-americana fora dos canais de conversão autorizados pelo Banco Central.
Em resposta à acusação, a Camargo Corrêa ressalta na nota que "cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais, gerando mais de 60 mil empregos no Brasil e em 20 países em que atua". A empresa confirma também "que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa e trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas".
Campanha política
A operação deflagrada na manhã de hoje pela PF tem como alvo esquemas de suposta lavagem de dinheiro, fraude em licitações, formação de quadrilha e evasão de divisas envolvendo a construtora Camargo Corrêa. A PF apura também suposta contabilidade paralela para doações ilícitas a campanhas políticas.
De acordo com informações da Polícia, até o fim da manhã de hoje, já foram cumpridos os dez mandados de prisão contra quatro doleiros - três do Rio de Janeiro e um de São Paulo -, e quatro diretores e duas secretárias da Camargo Corrêa. Com um desses doleiros foi apreendido R$ 1 milhão em espécie. Além dos dez mandados de prisão, foram expedidos também 16 mandados de busca. Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Federal de São Paulo.
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