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Câmbio amplia lucro de filiais de múltis europeias

Resultado do braço brasileiro do Santander foi o que mais chamou atenção; foi o maior entre todas as unidades do conglomerado financeiro

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast) e LONDRES
Atualização:

Alguns executivos de multinacionais europeias que atuam no Brasil driblaram problemas como inflação e recessão econômica e recolocaram as filiais brasileiras de novo como destaque na maior parte dos resultados do terceiro trimestre do ano. Para isso, contaram com uma importante ajuda do câmbio. Desde o início do ano, a moeda brasileira teve alta de aproximadamente 20% em relação ao dólar e ao euro.

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O Brasil não é mais aquele mar de lucros que já foi no passado, mas tem apresentado boas surpresas. Em alguns segmentos, porém, ainda segue com um viés negativo para resultados corporativos. Como essa tendência já era esperada por muitos analistas por causa da queda do Produto Interno Bruto e da explosão da inflação no ano passado, o que tem saltado mais aos olhos são as empresas que já começam a desenhar alguma recuperação.

Entre as divulgações de balanços na Europa na semana passada, a que chamou mais atenção foi a do Banco Santander, a maior instituição financeira estrangeira presente no País. O lucro da filial brasileira representou nada menos do que 20% dos ganhos mundiais do grupo no acumulado do ano até setembro, o maior entre todas as unidades, o que não era visto já há alguns anos.

O diretor financeiro do conglomerado espanhol, José García Cantera, apresentou uma visão otimista para o Brasil durante o detalhamento do resultado de julho a setembro. Ele enfatizou que o desempenho no País foi “muito forte” e previu que o mercado de crédito no Brasil vai crescer nos próximos meses. “Acreditamos que o pior ficou pra trás”, previu o executivo.

Com um resultado apoiado na venda de mais serviços financeiros e no aumento das receitas com crédito, o maior banco estrangeiro com operação no País lucrou R$ 1,884 bilhão no terceiro trimestre, 10,30% mais que no mesmo período de 2015. 

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