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Câmbio deve ser livremente determinado pelo mercado, diz Weber

Para o presidente do banco central da Alemanha as economias emergentes, como a China, precisam tornar suas taxas de câmbio mais flexíveis

Por Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

As taxas de câmbio devem ser livremente determinadas pelo mercado, refletindo os fundamentos da economia, e as tendências protecionistas precisam ser evitadas, disse Axel Weber, que é membro do conselho diretor do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do banco central da Alemanha (Bundesbank). "Acho que um desarmamento verbal é absolutamente necessário" quando se fala sobre taxas globais de câmbio, acrescentou Weber.

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Economias emergentes, como a China, precisam tornar suas taxas de câmbio mais flexíveis e devem perseguir este objetivo de forma mais corajosa "do que nos últimos meses", disse em evento em Stuttgart, Alemanha.

Embora as flutuações drásticas no câmbio não sejam desejáveis, as companhias não devem ficar paradas, mas se esforçarem para aumentar sua competitividade a fim de minimizar os efeitos do fortalecimento do euro, afirmou Weber.

"Precisamos garantir que as moedas sejam livremente determinadas pelos mercados e que intervenções (no câmbio) não turvem a formação das taxas de câmbio." Os comentários foram feitos depois de os dirigentes de bancos centrais e ministros das Finanças do Grupo dos 20 (G-20) terem prometido, no sábado, evitar "desvalorizações competitivas" de suas moedas, ao mesmo tempo em que limitam seus desequilíbrios externos.

Weber reiterou que as novas normas fiscais da União Europeia "não vão suficientemente longe", uma vez que ainda incluem um grau amplo de controle político apesar das demandas iniciais de sanções automáticas para os países que violam as regras sobre déficits na UE.

Em relação à perspectiva econômica da Alemanha, Weber disse que a atividade econômica no terceiro e no quatro trimestres será mais fraca do que no segundo trimestre de 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,2% numa base trimestral.

Ele prevê que a economia alemã vai crescer "significativamente acima de 3%" este ano, enquanto o déficit do orçamento ficará "significativamente abaixo de 4%" do PIB. Mas a economia só voltará ao nível pré-crise em 2011 ou 2012, acrescentou. As informações são da Dow Jones.

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