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Câmbio paralelo na Argentina recua no 1.º dia de anistia para atrair dólares

Instrumento criado pelo governo tenta atrair dólares para impulsionar construção civil e setor imobiliário

Por Marina Guimarães e da Agência Estado
Atualização:

BUENOS AIRES - O valor do dólar no mercado paralelo da Argentina recuou 0,87%, a 7,98 pesos (compra) e 7,93 pesos (venda), no primeiro dia de operações do Certificado de Depósito para Investimento (Cedin).

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O instrumento criado pelo governo para captar dólares que fugiram do sistema financeiro pretende dar impulso à construção e ao setor imobiliário, fortemente castigados pelos controles do câmbio.

O dólar oficial em pesos, por sua vez, subiu 0,09%, a 5,388 (compra) e 5,393 (venda).

O lançamento do Cedin, segundo estimativas dos operadores, tende a reduzir pressão sobre o mercado informal nestas primeiras horas de operação. Porém, no médio prazo, as estimativas são de alta na cotação, que poderia chegar aos 10 pesos por unidade até o fim do ano. As expectativas de alta apontam, especialmente, ao período pós-eleições de outubro, que vão renovar metade da Câmara e um terço do Senado.

O governo de Cristina Kirchner empreende uma verdadeira cruzada contra a desvalorização do peso, com duros controles do mercado cambial. O Cedin é uma tentativa de inibir as operações no mercado paralelo e reduzir a alta em relação ao oficial. O governo só permite a compra de dólares para discriminadas importações e turismo para evitar a saída de divisas. Em 2011, antes das barreiras ao mercado, a fuga de capitais atingiu a marca de US$ 21,5 bilhões. No ano passado, o rigoroso controle reduziu a saída de dólares do sistema a US$ 3,086 bilhões. Porém, de janeiro a junho de 2013, a saída de dólares acumulou US$ 6,134 bilhões.

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