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Camex avaliará redução de tarifa para importar trigo

Medida pode facilitar a importação do grão de Estados Unidos e Canadá

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O conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior deve avaliar, na reunião da próxima terça-feira (29), a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% sobre o trigo importado de fora do Mercosul. A medida pode facilitar a importação do grão de Estados Unidos e Canadá para a cobertura de um déficit estimado em 1 milhão de toneladas para suprir o mercado interno brasileiro. O Ministério da Agricultura é contra a redução da TEC, apesar da pressão dos moinhos brasileiros, mas fontes do governo admitem zerar a tarifa por um tempo determinado e para uma cota correspondente ao déficit. Pelo cálculo do governo, o Brasil deve importar 6,2 milhões de toneladas de trigo entre grão e farinha em 2007/2008, mas só vai conseguir 5,2 milhões de toneladas da Argentina, já incluído um volume extra, ainda não garantido, de 500 mil toneladas. Mesmo com a pressão, o Ministério da Agricultura avalia que a indústria vai necessariamente conseguir suprir o déficit de 1 milhão de toneladas do grão, mesmo coma a aplicação da TEC, junto ao mercado norte-americano e canadense. No ano passado, foram importadas 700 mil toneladas dos dois países. Comenta-se que os produtores, antes avessos à redução da TEC, agora aceitariam a redução por tempo determinado e por uma cota. A proposta teria sido negociada com a indústria como uma resposta à Argentina. O país vizinho taxa em 28% as exportações de trigo em grão e em 10% as de farinha. A medida provocou uma disparada na importação da farinha de trigo argentina. Os moinhos brasileiros acusam concorrência desleal e ameaçam reduzir as compras de grão para comprar farinha argentina e distribuí-la no mercado interno.

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