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Camex discutirá medidas contra protecionismo amanhã

A Camex volta a discutir o pedido de painel que o Brasil apresentará na OMC contra os subsídios concedidos pelos Estados Unidos aos produtos de algodão e os concedidos ao açúcar pela UE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) volta a discutir amanhã o pedido de painel que o Brasil apresentará na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios concedidos pelos Estados Unidos aos produtos de algodão e os subsídios concedidos ao açúcar pela União Européia. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, disse hoje que todos os dados técnicos foram concluídos. Na reunião de hoje do Comitê de Gestão de Comércio Exterior (Gecex) o governo aprovou a inclusão de mais 70 produtos na lista de ex-tarifários, ou seja, os bens de capital e de produtos de informática sem similares nacionais entre outros que podem ser importados com tarifas reduzidas. A decisão reduziu a alíquota do Imposto de Importação de 14% para 4% para produtos, especialmente, os da área de auto-peças. Atualmente, 2.400 produtos integram a lista. Embraer A Embraer e a empresa chinesa de aviões, Avic II, devem concluir até o fim do ano os termos da joint-venture que será formada para a montagem de aviões na China. Segundo o secretário-executivo da Camex, Robério Silva, a parceria já teve a aprovação em agosto da Comissão de Planejamento da China (SPC). Depois dos termos concluídos pelas empresas, o acordo terá que ser aprovado pelo Ministério de Desenvolvimento da China. "O governo chinês já mostrou muito interesse e dissemos durante a viagem, da importância que o Brasil dá a este acordo", informou o secretário. Segundo ele, os chineses importaram peças do Brasil para fazer a montagem das aeronaves. Numa segunda etapa, acredita ele, a joint-venture pode evoluir para a fabricação dos aviões na China. O secretário informou também que ainda este ano os governos brasileiro e chinês iniciam as negociações para um acordo de livre comércio, que inicialmente deve incluir apenas o setor automotivo e exportação pelo Brasil de álcool combustível. Segundo ele, nos últimos 6 meses aumentou em 40% o consumo de automóveis na China. "Este é um mercado a ser explorado por nós", disse.

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