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Camex eleva de zero para 12% o Imposto de Importação de vergalhões de aço

Por Renata Veríssimo
Atualização:

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) elevou de zero para 12% a alíquota do Imposto de Importação (II) de vergalhões de aço. Esse era o último item siderúrgico na lista de exceções à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul isento. Na sexta-feira, a Camex já havia ampliado o imposto para outros sete tipos de aço. Mas as siderúrgicas se queixaram da manutenção do imposto zero para os vergalhões. Uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), de 5 de junho, circulou ontem com a mudança no imposto dos vergalhões. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que preside a Camex, informou que a decisão só foi tomada na tarde de sexta-feira. Por isso, o produto não foi incluído no DOU na semana passada. A entrada dos vergalhões na lista de exceções ocorreu em fevereiro de 2006. O pedido para voltar a taxar o aço importado foi feito pelas siderúrgicas nacionais, com apoio das centrais sindicais. Gigantes do setor trabalham hoje com metade da capacidade instalada, como resultado da redução da demanda nos mercados doméstico e internacional. Além disso, têm sofrido a concorrência mais barata dos produtos importados, principalmente da China e da Coreia. Há quatro anos, o governo isentou de II 15 tipos de aço, por pressão, principalmente, da indústria automotiva, que reclamava dos preços elevados. Naquele momento, a demanda estava aquecida tanto no Brasil quanto no exterior. Agora, para proteger a siderurgia nacional no momento de crise, o governo restabeleceu as tarifas. Segundo os dados da balança comercial, de janeiro a maio, as importações de ferro e aço somaram US$ 1,01 bilhão, o mesmo valor registrado em igual período do ano passado, quando a economia ainda estava aquecida.

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