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Camex poderá elevar cota de trigo com tarifa baixa

Por Renata Veríssimo
Atualização:

A secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lytha Spíndola, disse hoje que, se a indústria brasileira de produtos de trigo considerar que é necessário aumentar a cota de importação do produto com tarifa reduzida, o governo deverá fazê-lo. A Argentina, principal mercado fornecedor de trigo ao Brasil, anunciou que não reabrirá as exportações do cereal enquanto não houver um acordo com os produtores argentinos. Segundo Lytha Spíndola, à época em que a Camex reduziu, no ano passado, a alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC) para até 1 milhão de toneladas de trigo procedente de outros mercados, os ministros integrantes da Camex já deixaram aberta a possibilidade de elevação dessa quantidade, se fosse necessário para garantir o abastecimento do mercado brasileiro. A secretária afirmou que, até o momento, não há um pedido formal da indústria para ampliar a cota, mas acrescentou que, "se o setor trouxer a demanda", o governo "colocará a discussão nos mesmos moldes" da época da decisão da Camex. "Não tem por que não atender ao setor", acrescentou Lytha. A quantidade de até 1 milhão de toneladas foi definida por cálculos do Ministério da Fazenda que consideraram esse volume suficiente para abastecer o mercado brasileiro e compensar a falta do trigo argentino, cujas exportações para o Brasil estão suspensas desde o final de 2007. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) reivindicava, na época da redução da TEC, que a cota fosse de até 4 milhões de toneladas.

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