30 de outubro de 2010 | 00h00
Mas é preciso notar que em geral o esforço inovador é relativamente simples, concentrado em aquisições de equipamentos e softwares para inovação e em atividades como lançamentos de novos produtos.
A nova Pintec deu boas pistas para identificar as ações necessárias dos setores público e privado para reforçar a capacidade inovadora da economia. Ela mostra que o principal gargalo para a atividade inovadora é o da disponibilidade de mão de obra qualificada. Essa é uma preocupação que deve ser avaliada e enfrentada, tanto pelo aumento das vagas em cursos técnicos e superiores em áreas tecnológicas quanto pelo entendimento do setor privado de que o investimento em inovação é chave para aumentar o dinamismo e a competitividade da economia.
É preciso destacar também alguns avanços desde 2008. À época, ainda era predominante o autofinanciamento dos gastos com inovação. Hoje é maior a disponibilidade de recursos governamentais a baixo custo para a inovação. Além disso, a preocupação com esse tema se tornou central no setor privado, que lançou em agosto de 2009 a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Por isso, é muito provável que os investimentos em inovação e o seu grau de intensidade tecnológica continuem em ascensão nos próximos anos.
É DIRETOR DE PLANEJAMENTO DO BNDES
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.