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Caminhoneiros preparam greve para agosto

Por Agencia Estado
Atualização:

Descontentes com as más condições de trabalho, com os fretes baixos e os pedágios altos, os caminhoneiros autônomos preparam um "paradão" nas estradas do País nos próximos dias. Uma assembléia para discutir os rumos do movimento será realizada em São Paulo, em local ainda não divulgado, entre os dia 2 e 3 de agosto. A paralisação deve ocorrer em seguida. Além da queda no valor dos pedágios e o aumento nos fretes, os motoristas reivindicam medidas do governo federal para evitar os constantes assaltos e roubos de cargas, obras de conservação das rodovias e o fim da impunidade para policiais rodoviários corruptos. O movimento está sendo articulado pelo sindicalista José da Fonseca Lopes, líder da Federação dos Caminhoneiros dos Estados de São Paulo, Minas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma das diversas entidades que afirmam representar uma categoria bastante dividida, calculada em 350 mil trabalhadores. O sindicalista Nélio Botelho, presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), afirmou que apóia a greve, mas não é o principal organizador. Segundo ele, os caminhoneiros querem chamar a atenção porque estão "desesperados" com a queda nos rendimentos. "O ambiente nas estradas é o pior possível", disse. De acordo com Botelho, a categoria não está conseguindo repassar para o frete a recente alta dos combustíveis e o custo do pedágio. Segundo ele, com a crise econômica, há mais caminhoneiros oferecendo serviços do que carga para transportar e a alta competição entre eles joga o frete para baixo. Apesar da privatização no setor ferroviário de cargas a partir de 1996 e do incremento da navegação de cabotagem a partir de 1999, a economia brasileira continua dependente do transporte rodoviário, que responde por 60,4% das cargas transportadas no País, segundo a Empresa Brasileira de Planejamento dos Transportes (Geipot).

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