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Campanha ameaça Starbucks na Cidade Proibida da China

Apresentador de TV local afirmou que rede americana "atropela" cultura chinesa

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma loja da Starbucks poderá ser fechada na Cidade Proibida de Pequim devido a crescentes reclamações de que a presença de uma cafeteria norte-americana no antigo palácio imperial seria um insulto para a cultura chinesa. Uma campanha na Internet iniciada por um apresentador de TV pela retirada da Starbucks Corp. da Cidade Proibida ganhou apoio de mais de meio milhão de internautas, segundo a edição desta quinta-feira do jornal oficial China Daily. Rui Chenggang, âncora do canal de televisão estatal CCTV9, escreveu no seu blog que a presença da Starbucks na Cidade Proibida "não é globalizar, mas sim atropelar a cultura chinesa", disse o jornal. "O museu está trabalhando com a Starbucks para encontrar uma solução em resposta aos protestos", afirmou o porta-voz do museu, Feng Naien, de acordo com a agência de notícias Xinhua. Feng disse que uma reforma no local prevê uma "reavaliação" das lojas da Cidade Proibida e que um terço delas já foi retirado. A Cidade Proibida, conhecida formalmente como Museu do Palácio, cobre 74 hectares e tem 9.999 aposentos. O local foi listado como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1987. O vice-presidente da rede Starbucks na China, Eden Woon, disse que a empresa não pretende deixar o local, segundo o jornal Beijing News. "A Starbucks admira a profunda história e cultura da Cidade Proibida e vem operando de maneira respeitosa, adequada ao ambiente", declarou ele à Reuters. "Fornecemos um local de descanso para milhares de turistas, tanto chineses quanto estrangeiros, há mais de seis anos." Protestos públicos em 2002 provocaram o fechamento de um restaurante Kentucky Fried Chicken (KFC) no Parque Beihai, antigo jardim real ao lado da Cidade Proibida.

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