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Canadá não irá recorrer da decisão da OMC

Por Agencia Estado
Atualização:

O embaixador canadense, Sergio Marchi, anunciou que o Canadá decidiu não recorrer da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) de que os empréstimos fornecidos pelo governo canadense à Bombardier foram considerados ilegais. Ele afirmou que o Canadá prefere negociar um acordo com o Brasil sobre a disputa que já dura longo tempo. "Isso não indica que o Canadá concorde com tudo o que foi decidido", disse o embaixador. "Mas acreditamos ser preferível agora buscar uma solução por meio da negociação do que continuar com o litígio junto à OMC", acrescentou. O Canadá argumenta que os empréstimos a taxas de juro mais reduzidas para financiar as vendas efetuadas pela Bombardier foram concedidos como forma de equiparação à ajuda que o governo brasileiro forneceu à Embraer. O painel de investigações da OMC decidiu no mês passado que o apoio do governo canadense, que ajudou a Bombardier a conseguir três contratos totalizando US$ 4 bilhões com companhias aéreas dos EUA e da Espanha, violaram as regras comerciais, exigindo que o governo canadense "retirasse os subsídios (...) sem atrasos". Ao longo da disputa que já dura cinco anos, a OMC em várias ocasiões decidiu contra os programas de subsídio de ambos os países, sendo que, no ano passado, o caso quase resultou em uma "guerra comercial". Ao ser comunicado que o Canadá não recorrerá da decisão, o Órgão para Resolução de Controvérsias da OMC adotou o relatório do painel. Segundo os procedimentos da OMC, o Canadá agora deverá informar à OMC como o país planeja implementar a sua decisão. "Nós esperamos sinceramente que o Canadá reconsidere suas ações", disse o embaixador brasileiro Luis Felipe de Seixas Corrêa. "O Brasil também espera que os esforços bilaterais para a busca de uma solução mutuamente satisfatória sejam bem sucedidos e que a Embraer e a Bombardier possam competir em posição de igualdade", acrescentou o embaixador brasileiro. Marchi disse que os dois países concordaram em reiniciar as negociações em abril. As informações são da agência Dow Jones.

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