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Canais de atacarejo expandem mais que bandeiras tradicionais

Consumidor da classe B está comprando em redes populares; 1,4 milhão de lares migraram para o atacarejo em 2014

Por Monica Scaramuzzo
Atualização:

Levantamento divulgado pela Nielsen mostra que a expansão de desempenho do atacarejo em 2014 foi de 9,7% em relação a 2013. Os supermercados ficaram em segundo lugar, com alta de 6,5%, e os minimercados em terceiro, com 6,2%, no mesmo período. Já no formato de hipermercados, as vendas em receita caíram 0,7%.

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O canal de atacarejo continua mais resiliente durante a crise. De acordo com a pesquisa da Nielsen, 47 novos atacarejos foram abertos no ano passado, o que também contribuiu para o avanço nas vendas por meio desse canal. Isso representa uma alta de 12% no número de lojas abertas em relação ao ano anterior. Outra contribuição importante é que no ano passado cerca de 1,4 milhão de novos lares passaram a fazer compras em atacarejos. 

Reforma. De acordo com Belmiro Gomes, presidente do Assaí (do GPA), as lojas da rede têm passado por reformas para que o ambiente de compra fique mais agradável aos consumidores. A rede também está se expandindo para cidades menores, mas consideradas polos importantes, na Região Nordeste do País. 

Tradicionalmente, os formatos desses canais de vendas são mais rústicos - grandes galpões, com pé direito alto para facilitar a reposição dos produtos, que geralmente estão em caixas fechadas. Segundo Gomes, há maior movimentação da classe B para esses canais, considerados mais populares. “Temos percebido uma migração de clientes que frequentam supermercados com bandeiras com tíquete mais alto (Pão de Açúcar e Carrefour) para o atacarejo”, disse Ricardo Roldão, presidente da rede que leva o mesmo nome. 

Para Roldão, essa migração de consumidores para canais mais populares reflete um percepção maior do consumidor do clima de insegurança no Brasil por conta da crise, com perda de emprego e renda. “A gente percebe queda na venda de dois dígitos do clientes que abastecem o canal de foodservice (alimentação fora do lar) porque as pessoas estão comendo mais em casa ou levando comida para o trabalho.”

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