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Cansado de ser executivo, Zottolo vira empresário

Por Clayton Netz
Atualização:

Paulo Zottolo, o controvertido ex-presidente da Philips do Brasil e uma das lideranças do falecido movimento "Cansei", está de volta ao mundo dos negócios, do qual se afastara no começo deste ano, após uma meteórica passagem pela Maior, a empresa de eventos e entretenimento do grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes. Com uma diferença: acostumado a trabalhar para empresas do porte da rede americana de supermercados Kmart e da fabricante alemã de cosméticos Nívea, Zottolo literalmente cansou de ser empregado. Seu novo desafio, agora, é tornar-se um empresário, daqueles que arriscam o próprio dinheiro numa empreitada. Apoiado por três investidores, ele está montando uma empresa de fabricação de águas vitaminadas, com sede em Miami, no Estado da Flórida. "Apesar dos riscos, será mais fácil atuar como empreendedor, sem ter de me submeter às dezenas de regras de uma grande empresa", afirma Zottolo. "Numa multinacional, um projeto como o nosso levaria três anos para sair do papel. Conseguimos fazer isso em nove meses."Num primeiro momento, os sócios investirão US$ 10 milhões para colocar a AM Investment em operação a partir do dia primeiro de janeiro de 2011. Esses recursos estão sendo investidos no desenvolvimento das fórmulas dos produtos e das embalagens, bem como na aquisição (já feita) de duas distribuidoras, uma na Costa Oeste e outra na Costa Leste dos Estados Unidos. O engarrafamento das bebidas será terceirizado. Rato de supermercado. Segundo Zottolo, seu interesse pelo nicho de águas vitaminadas surgiu em uma de suas temporadas de trabalho nos Estados Unidos, no começo da década. "Sou um rato de supermercado, estou sempre fuçando em busca de novidades", diz. "Nessa época, comecei a constatar o crescimento das chamadas águas vitaminadas nas prateleiras de bebidas." Também serviu de inspiração, o exemplo de um executivo, seu vizinho em Connecticut, que criara um novo produto, a Vitamina Water Glaceau e fazia as primeiras entregas a bordo de um Porsche. Em menos de dez anos, o empreendimento do americano prosperou: em 2007, sua empresa, a Energy Brands, foi vendida para a Coca-Cola pela bagatela de US$ 4,1 bilhões. Zottolo não fala, mas seguramente considera cumprir uma trajetória semelhante à do vizinho e passar a AM (tirada da sigla em inglês para manhã) para algum grande grupo de bebidas. Por enquanto, Zottolo, que está de mudança para Miami, está concentrado em colocar a empresa em pé para poder disputar um naco de um mercado de US$ 16 bilhões, gerados por 150 marcas diferentes, só nos Estados Unidos. De acordo com ele, seus produtos terão como diferencial de marketing o uso de matérias-primas e de princípios ativos brasileiros, no lugar de sintéticos. Entre eles, por exemplo, serão utilizados uma certa pffafia panicultura, também conhecida como ginseng do Centro-Oeste brasileiro, e o maracujá-açú, encontrado no sul da Amazônia. "Vamos usar frutas como cereja e morango para melhorar o sabor", diz Zottolo.No plano de negócios de Zottolo está definida, ainda, a entrada no Japão, no final de 2011, em associação com grupos de investidores locais. O Brasil, onde a AM mantém um escritório com oito funcionários, em São Paulo, ficará para 2012. Também está na pauta a diversificação do negócio. "Vamos lançar uma linha de alimentos", diz Zottolo. PARQUE TEMÁTICOMaurício de Sousa leva a Mônica a AngolaEstá prevista para a próxima semana a inauguração da Pracinha da Mônica, no shopping center Belas Shop, o único de Luanda, a capital de Angola. O projeto, licenciado para investidores locais pela Maurício de Sousa Produções, foi implantado a um custo estimado em R$ 8 milhões. "É o primeiro parque infantil do gênero na África", afirma Edson Santos, gerente comercial das áreas temáticas da MS. Segundo ele, os equipamentos e brinquedos são novos, produzidos especialmente para os clientes angolanos. "Alguns deles são inéditos, como o Spacebus, o Barcossauro, um espécie de barco viking, e os games eletrônicos com a Turma da Mônica", diz Santos, que desenvolveu as atrações na própria empresa. "Já temos interessados de outros países africanos em licenciar a Pracinha."INVESTIMENTOLocomotiva terá nova fábrica em ManausO aumento da demanda está levando o grupo paulista Brasfanta a investir no aumento da sua produção. Entre as iniciativas, está prevista a abertura, até 2015, da segunda fábrica em Manaus da Locomotiva, líder no mercado de lonas de algodão, adquirida da Alpargatas em abril deste ano. Antes disso, a Brasfanta investirá R$ 8 milhões para expandir em 60% a capacidade da atual fábrica em Manaus. "Com o aumento das encomendas, não estamos conseguindo atender os clientes do exterior", diz Henrique Tavassi, diretor-geral da Locomotiva. Com os planos de expansão, a Locomotiva espera faturar R$ 300 milhões em 2011, ante os R$ 210 milhões previstos para 2010.SAÚDESírio-Libanês inaugura centro médico em SPAbrigada no Prime Medical Center, no bairro paulistano do Itaim Bibi, a nova unidade do Hospital Sírio-Libanês será inaugurada na próxima sexta-feira. A unidade, que recebeu investimentos de R$ 40 milhões, vai dispor de centros de diagnósticos, oncologia, endoscopia e reprodução humana, além de quatro salas de cirurgia para operações de pequena e média complexidade, no conceito hospital dia. "É uma estrutura proporcional à necessidade do paciente que não precisa de cuidados de alta complexidade", diz Paulo Chapchap, superintendente do Sírio-Libanês.Inicialmente, a equipe do hospital contará com 140 profissionais, incluindo auxiliares e enfermeiras. Segundo ele, os investimentos do Sírio não param por aí. Está previsto, a partir do final de janeiro, o início das obras de duplicação de sua sede, no bairro da Bela Vista, com um investimento de R$ 600 milhões. ENERGIA Ersa quer quintuplicar capacidade até 2013A Ersa, empresa paulista que atua no segmento de pequenas e médias unidades geradoras de energia elétrica à base de fontes renováveis, controlada pelos grupos Pátria Investimentos, Eton Park, Bradesco e BTG Pactual, entre outros, planeja quintuplicar sua capacidade instalada nos próximos três anos, elevando-a para 253 MW. Para atingir a meta, a Ersa, dona de um faturamento de R$ 142 milhões em 2010, colocará em operação nesse período nove projetos de usinas de PCHs (Pequenas Centrais Elétricas) e parques eólicos, que vão consumir investimentos de R$ 810 milhões até 2013, nos Estados de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. VERDINHAS R$ 880 mié o volume de negócios esperados na 12ª Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, de 9 a 11/11, em São Paulo

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