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Caos aéreo turbina aviação executiva

Foram entregues 1100 jatos executivos em 2007, alta de 25%

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Por Redação
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Com a popularização da aviação no mundo - que trouxe como conseqüência atrasos sem fim e a superlotação nos aeroportos - mais e mais executivos estão optando pela conveniência de um jato executivo. No ano passado, foram entregues aproximadamente 1100 jatos, crescimento de 25% ante o ano anterior. Para os próximos anos, o grande motor do crescimento dessa indústria serão os mini jatos, conhecidos como Very Light Jets. Os VLJs estão popularizando a aviação executiva: custam em torno de US$ 1,5 milhões e US$ 6 milhões. Projetados nos últimos cinco a dez anos, os primeiros VLJs começaram a ser entregues este ano: já existem 80 unidades, de diferentes fabricantes, voando. A previsão para daqui a quatro ou cinco anos, quando todos os fabricantes estiverem em plena capacidade, é de uma produção anual de 700 jatos. O VLJ é uma invenção de um visionário americano, Vern Raburn, que foi sócio de Bill Gates nos primórdios da Microsoft, mas vendeu sua participação antes da fabricante se tornar o que se tornou. Raburn decidiu, há dez anos, criar um jato popular, de US$ 1,5 milhão, o Eclipse 500. O empresário foi buscar na indústria militar o principal avanço tecnológico que iria permitir viabilizar seu projeto. As mini turbinas a jato usadas nos VLJs foram originalmente desenvolvidas para dar mais autonomia de vôo a mísseis de longo alcance. Na esteira do Eclipse, surgiram outros quatro concorrentes. Mas dos cinco, apenas dois são fabricantes aeronáuticos - a Embraer com os Phenom e a Cessna com o Mustang. Há ainda a Adam Aircraft, que surgiu com o projeto dos mini jatos, e a japonesa Honda, que no ano passado anunciou sua entrada no setor. INFRA-ESTRUTURA Com uma performance similar a de um jato comercial, o VLJ deve pressionar ainda mais a infra-estrutura aeroportuária e de controle de espaço aéreo, no mundo e no Brasil. "Precisamos estar preparados em termos de aeroportos, controladores, hangares", diz o presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Rui Aquino, que também representa a Cessna. Dos 550 Mustangs já vendidos pela Cessna, 39 são para clientes no Brasil. "Falta gente na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)para inspecionar e certificar esses aviões na velocidade necessária."

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