O levantamento nota que o total de transações anunciadas pelos meios de comunicação é maior (742), somando US$ 34,85 bilhões, 67,82% a menos que em 2014 (US$ 108,3 bilhões). As operações do ano passado incluem sete com valor acima de US$ 1 bilhão, alcançando US$ 14,4 bilhões. Já as transações até US$ 100 milhões não tiveram o seu valor exato divulgado.
O levantamento mostra que os setores preferenciais para a participação de empresas do exterior têm sido os de Tecnologia da Informação (TI) – que bateu recorde no ano passado, com 118 transações –, vindo em seguida serviços auxiliares, setor financeiro, varejo e serviços públicos. O Estado de São Paulo absorveu 56% dos investimentos e o Sudeste, 73%.
Muito se fala em invasão de investimentos chineses, mas o que se verificou, no cômputo geral de volume de transações de investidores estrangeiros divulgados em 2015, é que os EUA se mantêm disparadamente na frente, com 35% do total – em número, não considerando os valores –, vindo em seguida o Reino Unido e o Japão, ambos com 7%. A China ficou com 3%.
Estima a consultoria que a proporção de participações estrangeiras pode chegar a 55% do total de fusões e aquisições este ano, a terem continuidade a desvalorização do câmbio e as condições de mercado para as empresas instaladas no País, em razão da situação desfavorável de crédito.
Analistas internacionais observam que, apesar dos problemas macroeconômicos, o Brasil permanece atrativo para o capital estrangeiro em vista das dimensões de seu mercado potencial. O aumento do fluxo de capital externo, todavia, presume que seja restabelecido um clima de confiança para investimentos, sem mudanças bruscas de regras.