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Capitalização da Petrobrás é decisão soberana da sociedade, diz Lula

Para o presidente, a injeção de capital na estatal é salvaguarda para evitar que as riquezas se percam

Por Francisco de Assis e da Agência Estado
Atualização:

Vestindo o jaleco laranja característico dos funcionários da Petrobrás, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se emocionou ao iniciar seu discurso na cerimônia de lançamento das ações da estatal. "Deus foi muito generoso não só comigo, mas com o povo brasileiro que esperou por muito tempo a chance de ser respeitado no mundo", afirmou o presidente com a voz embargada. Isso, de acordo com ele, se deu a custo de muito trabalho e representa o desenvolvimento do capitalismo brasileiro.

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Lula ressaltou a importância da capitalização da Petrobrás como uma "decisão soberana da sociedade que projeta o seu futuro" e afirmou que a capitalização é a salvaguarda para evitar que riquezas se percam.

"Vamos continuar aqui. Enquanto tiver aplausos e ficarmos apertando o botãzoinho, as ações vão subindo", brincou o presidente com os que estavam ao seu lado, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o vice-presidente José Alencar, o ministro Marcio Zimmermann e o presidente da Bovespa, Edemir Pinto.

Ressaltando a extraordinária evolução da bolsa nos últimos anos, Lula afirmou que em 2003 a Bovespa não chegava aos 14 mil pontos e hoje já está em torno de 70 mil pontos. "O Brasil está muito orgulhoso do Brasil", afirmou. Ele acrescentou que no dia 03 de outubro, "quando ocorrerá a festa das urnas, ocorrerá também a festa de aniversário da Petrobrás". A empresa completará 57 anos. "A Petrobrás é a maior da América Latina e uma das maiores empresas do mundo e hoje consolida um novo marco histórico com essa oferta de ações", disse Lula, ressaltando ainda a tecnologia de ponta da estatal, que permitiu a descoberta das reservas no pré-sal.

'Me achavam um comedor de capital'

A cerimônia já havia encerrado a etapa de discursos, mas o microfone próximo ao presidente estava aberto e sua tiradas puderam ser captadas na transmissão ao vivo. Ele também disse que se mantendo lá estava querendo "manter o bom humor da Bolsa" e brincou um pouco antes, quando viu que não teria que usar um martelo típico dos leilões, mas o botão de acionamento do pregão: "A modernidade substituiu o martelo por um botão."

Lula por várias também comentou que algum tempo atrás ninguém poderia imaginar que ele estaria naquela posição hoje. "Houve um tempo em que se eu passasse ali na porta, todos ficariam com medo, porque me achavam um comedor de capital"

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