26 de outubro de 2010 | 11h00
O ex-presidente do Banco Central e sócio da Gávea Investimentos, Armínio Fraga, afirmou nesta terça-feira, 26, que a forma como a operação de capitalização da Petrobrás foi conduzida causou um mal-estar entre os investidores estrangeiros.
"Não dá para tapar o sol com peneira. Ficou, com certeza, um mal estar generalizado", disse o executivo, que participou há pouco do 11º Congresso Internacional de Governança Corporativa. Segundo ele, o fato de a operação ser entre partes relacionadas foi vista com críticas pelos estrangeiros.
"O investidor estrangeiro olha para o Brasil e pergunta: O que é isso?", diz Fraga, que tem uma gestora de recursos com um grande volume aplicado por investidores estrangeiros. Em sua palestra, o executivo destacou ainda que além da operação da Petrobrás, a atual "flexibilização" do governo em seu padrão contábil também é vista com crítica pelos estrangeiros. Outro ponto levado consideração por Fraga é o fato de o governo estar usando de forma agressiva os bancos públicos.
Ao deixar o evento, Fraga não quis comentar as notícias sobre o fechamento hoje da compra da Gávea Investimentos pelo banco americano JPMorgan.
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