19 de outubro de 2014 | 03h04
A empresa foi a primeira a registrar um parasitoide para controlar praga no País, e não havia uma regulamentação própria para isso. "De uma maneira geral, hoje está mais fácil", diz. "Há dez anos, não tinha nem por onde começar."
Depois do começo difícil, segundo ele, os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente criaram um rito simplificado para licenciar produtos da agricultura orgânica. Com isso, os processos ganharam velocidade. "Mas começou a ficar lento de novo", lamenta. "Acho que entraram muitos processos, e eles não estavam preparados para isso."
As vespas também sofrem uma espécie de concorrência desleal por razões tributárias. "As empresas de controle biológico recolhem PIS/Cofins e o inseticida, não", diz o executivo. "Às vezes, eu até consigo um preço competitivo com o inseticida, mas a nossa carga tributária é mais alta."
Embora os produtores rurais façam uma comparação de preços que equipara as duas alternativas, o controle biológico e os pesticidas têm uma atuação complementar, explica. Isso porque as pragas desenvolvem, com o tempo, resistência aos inseticidas. As vespas, por sua vez, parasitam tanto as espécies mais resistentes quanto as menos resistentes. / L.A.O.
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