PUBLICIDADE

Publicidade

Carnes natalinas custarão 12% mais este ano

Por Agencia Estado
Atualização:

A linha de carnes natalinas chegará aos supermercados com preços entre 10% e 12% superiores aos praticados em 2001. "É uma questão de sobrevivência nos negócios", informou o diretor de marketing da Sadia, Gilberto Xandó. A explicação do tamanho do aumento fica por conta dos reajustes acentuados que sofreram o milho e a soja. "A saca de milho de 60 quilos, que custava R$ 9 no começo do ano, dobrou e está sendo comercializada por R$ 18", disse o diretor de marketing da Perdigão, Antonio Zambelli. Ele não quantificou com exatidão os aumentos. "Vamos esperar para saber o que acontece depois do dia 6 de outubro (referindo-se à eleição), mas devemos repassar metade dos custos dos insumos, que totaliza cerca de 25%" , afirmou. Mas, a alta elevada dos preços dos produtos natalinos, na opinião dos executivos, não deverá provocar retração nas vendas de Natal. Pelo contrário. A Sadia projeta incremento nos negócios entre 2% e 4% em relação ao Natal de 2001, enquanto a Perdigão aposta em crescimento de 5%. "As vendas de peru congelado, por exemplo, devem aumentar 100% na comparação com o último Natal", previu Zambelli. A Perdigão comercializa as marcas de peru congelado Perdigão e Batava e a Sadia detém as marcas Sadia e Rezende. O mercado de peru está muito disputado pelas duas concorrentes. Fontes do mercado garantem que a Sadia lidera o segmento, com produção de 120 mil toneladas de perus congelados vendidos nessa época. A Perdigão aparece em segundo lugar, com cerca de 100 mil toneladas, enquanto a Duo produz ao redor de 2 mil toneladas. Para abocanhar uma parcela de mercado cada vez maior no Natal, a Perdigão irá investir R$ 2,5 milhões em marketing, mesma cifra desembolsada no ano passado. A concorrente Sadia não divulga a verba e não revela quanto as vendas natalinas representam no faturamento da empresa. Já a Perdigão informa que o Natal responde por 4% da receita estimada em mais de R$ 3 bilhões em 2002.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.