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Carregamentos de soja argentina são suspensos por força maior

Por NIU SHU
Atualização:

A greve dos produtores argentinos de soja provocou a interrupção dos carregamentos do grão e do óleo de soja do país para a China, alimentando receios sobre uma potencial escassez durante o mês de maio no maior importador mundial da oleaginosa. De acordo com traders e autoridades da indústria nesta quarta-feira, diversos fornecedores de soja e de óleo de soja da Argentina declararam força maior e atrasaram os embarques dos produtos para a China devido à greve. Até 1 milhão de toneladas de soja e cerca de cinco carregamentos de óleo de soja foram afetados. O protesto dos produtores ocorre em meio ao início da temporada da oleaginosa na América do Sul. "Os fornecedores nos disseram que os carregamentos serão atrasados indefinidamente", disse um executivo da Chinatex Grains & Oils Import & Export Corp, grande importadora de soja. "Acredito que mais de 15 carregamentos, ou cerca de 1 milhão de toneladas de soja destinadas à China foram interrompidos ... Alguns deles serão substituídos por grãos dos EUA, mas as despesas são maiores", acrescentou o executivo. Força maior é uma cláusula contratual que permite a um fornecedor desistir de fornecer o produto diante de circunstâncias imprevistas e extremas. Apesar de entre 300 mil e 500 mil toneladas de soja anteriormente compradas da Argentina terem sido substituídas por grãos norte-americanos, os EUA e o Brasil não conseguiram absorver todos os pedidos da China e mostram elevação nos preços da oleaginosa no mercado físico por conta da greve. A China precisa importar de 2 milhões a 3 milhões de toneladas de soja por mês.

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