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Carros: Anef prevê queda de juros

Juros para o financiamento e leasing de veículos estão menores no final de 2000 na comparação com 1999. De acordo com a Anef, em janeiro de 2001 as taxas devem recuar ainda mais por conta do corte na taxa Selic promovido nesse mês.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os juros no financiamento de veículos devem fechar o ano em queda. A taxa média mensal para financiamento e leasing de veículos, que em janeiro de 1999 estava em 3,95%, deve fechar 2000 ao redor de 1,90%. A expectativa é de que em janeiro de 2001 a taxa caia para 1,85% ao mês, por conta da redução da taxa de juros básica (Selic), que passou de 16,5% para 15,75% ao ano. Quanto ao volume de recursos, ainda não há um número oficial, que só deve sair em fevereiro. A expectativa de Fernando Mascarenhas, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), é de que os bancos das montadoras devem fechar o ano com um volume de recursos recorde, totalizando R$ 6,3 bilhões e alcançando a expectativa prevista na metade do ano. Caso confirmado, o resultado representa um aumento de 57,8% em relação ao total investido no ano passado - de R$ 3,8 bilhões - e é maior que o recorde obtido em 1998 - de R$ 4,5 bilhões. Mascarenhas previu ainda uma queda no índice de inadimplência do setor, que em agosto era de aproximadamente 6%. Para o presidente da Anef, a conjuntura econômica desfavorável no segundo semestre do ano - crise na Argentina e alta do petróleo, com conseqüente aumento do custo de captação de recursos no longo prazo - deve afetar negativamente os resultados financeiros das instituições, apesar de não ter acarretado a alta das taxas de juros para o consumidor. Perspectivas para 2001 O presidente da Anef acredita que o setor terá resultados positivos em 2001, mas não quis fazer estimativas sobre o montante de recursos a ser colocado à disposição do consumidor para as operações de financiamento. "Acreditamos que os indicadores econômicos do País vão melhorar, mas isso não significa necessariamente um aumento do volume de recursos oferecido pelos bancos de montadoras", sustentou. A entrada de novas instituições estrangeiras no mercado brasileiro este ano não afetou a atividade dos bancos de montadoras até o momento, ressaltou Mascarenhas.

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