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Carros importados antigos têm seguro mais caro

Veículos importados com mais de 5 anos de fabricação tem o preço do seguro mais caro. Existem seguradoras que não aceitam segurar carros importados anteriores ao ano de 1998. Especialistas do setor ressaltam que a dificuldade de reposição de peças elevam o valor do prêmio do seguro.

Por Agencia Estado
Atualização:

Quem pretende comprar ou é proprietário um carro importado com mais de 5 anos de fabricação pode ter certeza que pagará um seguro bem mais caro do que o normal. Existem seguradoras que não aceitam segurar veículos fabricados no exterior anteriores ao ano de 1998. Especialistas do setor de seguro de automóveis ressaltam que a dificuldade de reposição de peças dos importados e o alto preço do conserto destes veículos elevam o valor do seguro. A substituição de peças de carros importados mais antigos é muito cara. Por esse motivo as seguradoras cobram um prêmio mais alto, avisa o diretor da Real Seguros, Valter Pereira. Ele conta que existem casos em que uma batida que danifique um farol, uma lanterna e um capô é o suficiente para decretar perda total do veículo. ?As peças do importado são cotadas em dólar e inviabilizam o conserto de um veículo que muitas vezes sofreu pequenos amassos?, explica. De acordo com o diretor da Real, o valor médio das indenizações de reparos em carros nacionais é de R$ 2 mil. Já o valor médio de indenização dos importados é de R$ 7mil. ?Este valor é levado em consideração para o cálculo do prêmio do seguro?, alerta. O diretor técnico de autos da Vera Cruz Seguradora, João Bosco, também destaca que acidentes parciais se transformam em casos de perda total, ou seja, prejuízo financeiro para as seguradoras. Ele conta que no caso de nacionais, para a seguradora decretar perda total, o veículo deve estar danificado em torno de 75% de sua estrutura. Já para os carros importados com mais de 5 anos, esse percentual cai para apenas 20%. Fora de linha O vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização (Fenaseg) e da Sul América Seguros, Júlio Avelar, ressalta que existem linhas de veículos importados mais antigos que já não são mais fabricados e isso dificulta ainda mais a reposição das peças. ?A maior dificuldade nos reparos de importados mais antigos são os carros que já estão fora da linha de produção das montadoras. Existem peças difíceis de encontrar?, relata. O valor de mão-de-obra para o conserto de um importado também é mais cara. Esse fator também é considerado no cálculo do valor final do seguro. O vice-presidente da Fenaseg e da Sul América Seguros afirma que algumas empresas se recusam a segurar este tipo de veículo exatamente pelo alto risco que eles representam com relação ao prejuízo financeiro.

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