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Cartão de crédito: juros caíram em março

Segundo pesquisa da AE, em março, os juros cobrados pelos cartões de crédito caíram em relação a fevereiro, exceto os juros do crédito rotativo. No entanto, as taxas continuam elevadas e podem aumentar em decorrência da elevação da Selic.

Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisa mensal de juros cobrados nos cartões de crédito, realizada pela Agência Estado no dia 30 de março, aponta que as taxas médias na utilização do cartão foram reduzidas, exceto a taxa média cobrada no crédito rotativo, que subiu de 9,07% em fevereiro para 9,13% ao mês em março. Nas demais modalidades - juros por atraso, parcelamento e no saque - as taxas médias caíram no período (veja pesquisa completa nos links abaixo). A taxa média nos juros por atraso - cobrada proporcionalmente aos dias em atraso no pagamento da parcela - foi de 9,03% ao mês, contra os 9,14% de janeiro. A maior taxa verificada foi de 12% ao mês cobrada pelo Bradesco, mas sem o pagamento de multa. A menor foi de 3,50% ao mês do cartão Premier/Mastercard do HSBC, mas acrescida de multa de 2,0%. Nos juros do parcelamento - juro cobrado quando o cliente opta por fazer o parcelamento da sua compra -, a taxa média caiu de 7,36% em fevereiro para 6,77% ao mês em março. O juro mais baixo foi de 3,10% ao mês, cobrado pela Caixa Econômica Federal no cartão Federal Card Nacional. Já o Banespa cobra o juro mais alto: 10,42% ao mês. A taxa média de juros cobrado no saque - quando o cliente faz um saque diretamente no caixa eletrônico - foi de 8,90% ao mês em março, sendo que em janeiro a porcentagem era de 9,24%. O Banespa continua cobrando o juro mais baixo no saque: 4,20% ao mês. No entanto, a essa taxa deve ser acrescida a multa de 1%. A taxa mais alta, 11,20% ao mês, foi cobrada por alguns cartões do HSBC. Já a taxa média de juros paga no crédito rotativo - juros que incidem sobre o saldo da parcela após o pagamento da parcela mínima - foi a única a sofrer um aumento: a taxa de 9,07% ao mês em fevereiro foi para 9,13% ao mês em março. A menor taxa cobrada foi novamente de 3,50% ao mês, cobrado pelo HSBC. Já a máxima, de 11,90% ao mês, foi praticada pela Fininvest e Citibank em alguns cartões. Apesar da queda verificada, as empresas de cartão de crédito podem reverter essa prática em decorrência da elevação da Selic, a taxa básica referencial de juros da economia, promovida pelo Banco Central no dia 21 de março. Algumas lojas que operam com vendas a prazo e algumas financeiras já estão reajustando suas taxas do crédito. Diante disso, os juros do cartão também podem acompanhar essa tendência, já que o custo do dinheiro ficou mais caro. Além disso, com a alta dos juros, a inadimplência pode aumentar. Esse fator também é considerado nos cálculos das empresas, o que faz as taxas para o consumidor aumentarem mais ainda (veja mais informações no link abaixo).

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