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'Cartão de crédito vai sumir antes do dinheiro'

Um dos fundadores da fintech Neon, Alan Chusid vai lançar em outubro um novo sistema de pagamento

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Por Fernando Scheller
Atualização:

Empreendedor serial e um dos criadores da fintech Neon, Alan Chusid lança no fim de outubro um novo empreendimento: a Spin Pay, um sistema de pagamentos que permitirá que o consumidor, a partir do banco que já tem relacionamento, possa realizar compras no varejo físico e digital – sem precisar abrir uma nova conta ou baixar um app. A ideia é garantir segurança e praticidade ao processo: o cliente não precisará passar o cartão ou usar um QR Code. Os clientes da Spin Pay, portanto, serão os bancos e os varejistas – e não os consumidores finais. Para Chusid, existe a chance de seu novo empreendimento servir como uma opção às maquininhas de cartão de débito e crédito que hoje tomam conta do mercado brasileiro.

Para Chusid, existe a chance de seu novo empreendimento servir como uma opção às maquininhas de cartão de débito e crédito que hoje tomam conta do mercado brasileiro Foto: Ovo Conteúdo

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A Spin Pay se relacionará diretamente com o consumidor final?

Não. A Spin Pay vai viabilizar que o consumidor se relacione do jeito que ele realmente quer – sem precisar baixar um novo app ou abrir uma conta. Por exemplo, se sou cliente do Neon, e quero comprar uma camiseta em alguma loja, não vou precisar de um cartão de crédito ou de débito. A Spin será uma facilitadora de pagamentos. Se quero pagar com minha conta do Neon, vou informar meu CPF e a autorização será feita diretamente na conta. 

Mas o brasileiro gosta de pagar em parcelas. Só vai funcionar para pagamentos à vista?

Por enquanto sim. Se a pessoa for cliente de uma das instituições parceiras, poderá usar imediatamente, sem nenhum custo adicional. Mas já temos desenhado produto pensado para concorrer com o cartão de crédito.

E por que o serviço é interessante para bancos e varejistas?

Para o varejista, vai ser mais barato e ele receberá mais rapidamente. Para os bancos, a Spin vai ser uma forma de ampliar a oferta a um novo serviço. E eu não vou competir com um banco, lançar uma plataforma concorrente, vou adicionar mais uma funcionalidade à solução de pagamentos que ele já possui. 

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Hoje o mercado vive a “guerra” das maquininhas de cartão. Vocês podem levar o mercado para outra direção?

Sim. Não vou falar que vai ser o dia para noite. Mas posso dizer que o cartão de crédito, como existe hoje, vai desaparecer muito antes do que o dinheiro em espécie. Tem muitos modelos, como o da Spin, que vão surgir para liquidar operações financeiras de forma mais eficiente. Os custos hoje são muito altos. As empresas de maquininhas de cartão hoje, em vez de se preocuparem em ganhar dinheiro, trabalham para reter os clientes. 

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