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Carteiras de crédito do Banco Santos poderão ser leiloadas

A idéia é realizar primeiro o leilão da carteira de pessoa física. De acordo com o administrador, esse portfólio tem 15 mil clientes e volume financeiro de aproximadamente R$ 5 milhões.

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor licenciado do Banco Central e administrador da massa falida do Banco Santos, Vânio Aguiar, disse que as carteiras de crédito da instituição financeira poderão ser leiloadas - como parte do plano de recuperação de ativos. A falência do Santos foi decretada no dia 20 deste mês e, segundo Aguiar, um plano de recuperação deve ser apresentado até o final de novembro. A idéia é realizar primeiro o leilão da carteira de pessoa física. De acordo com o administrador, esse portfólio tem 15 mil clientes e volume financeiro de aproximadamente R$ 5 milhões. "A carteira tem operações de empréstimo consignado, cartão de crédito e empréstimos pessoais, entre outras", afirmou Aguiar. Segundo ele, há uma parte de contratos vencidos e, por isso, quanto mais rápida a venda, maior a possibilidade de recuperação dos créditos. O leilão da carteira de pessoa jurídica será um segundo passo. "Esse portfólio é, pelo menos, dez vezes maior que o de pessoa física. São cerca de 750 clientes", disse o administrador. De acordo com ele, os leilões serão parecidos com os de venda de bancos. Haverá uma modelagem da alienação, abertura de data-room e qualificação dos interessados. Vânio Aguiar, que também foi o interventor do Banco Central no Santos, acredita que há possibilidade de recuperar apenas 10% dos ativos da massa falida da instituição. O banco, cuja intervenção foi determinada em novembro do ano passado, tem um passivo a descoberto de R$ 2,9 bilhões. "Precisamos usar todos os instrumentos possíveis para recuperação dos ativos." O administrador da massa falida disse que a "maioria" dos ativos do Santos está fora do banco. "Estão em offshores e no exterior. Precisamos rastrear os recursos", afirmou. Ele acredita que as obras de arte do controlador do Santos são um importante ativo e deveriam fazer parte da recuperação. "Mas as obras não fazem parte da massa falida e precisaremos, primeiro, de uma ação judicial para que possam integrar esse patrimônio."

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