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Casa Branca está aberta à idéia de 2º pacote

Por Regina Cardeal
Atualização:

A Casa Branca reiterou hoje que está aberta à idéia de outro pacote de estímulo econômico dos Estados Unidos, mas não garantiu que considere o plano necessário ou que estude algum projeto em particular. Mais cedo, o presidente do banco central americano (Fed), Ben Bernanke, afirmou que uma segunda rodada de estímulo fiscal "significativo" limitaria o risco de uma desaceleração prolongada da economia dos EUA. Hoje, em discurso ao Comitê de Orçamento da Câmara dos EUA, Bernanke afirmou que, "com a economia provavelmente fraca por vários trimestres e com algum risco de uma desaceleração prolongada, a consideração de um pacote fiscal pelo Congresso neste momento parece adequada". No entanto, Bernanke sugeriu muitas condições para a adoção de um novo pacote. Segundo ele, qualquer estímulo deve ser "bem direcionado a um alvo" e centrar foco em formas de "ajudar a melhorar o acesso ao crédito pelos consumidores, proprietários de residências, empresas e outros tomadores de crédito". Para Bernanke, "qualquer programa deve ser projetado, na medida do possível, para limitar os efeitos de longo prazo sobre o déficit estrutural do orçamento do governo federal". Os democratas estão propondo um pacote de estímulo de até US$ 300 bilhões voltado para gastos com infra-estrutura, ajuda aos Estados, auxílio alimentação e desemprego. A Casa Branca até agora reagiu friamente às propostas democratas. "O que os líderes no Congresso, os democratas, apresentaram até agora foram elementos de um pacote que não achamos que, de fato, estimularia a economia. Portanto, queremos olhar a tudo com muito cuidado", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. "Continuamos conversando com membros do Congresso e estamos abertos a idéias - tanto de democratas quanto de republicanos - que estimulem a economia e nos ajudam a superar a desaceleração o quanto antes", disse. Ela afirmou que a Casa Branca avaliará as propostas antes de decidir sobre o mérito da questão. Perguntada se o presidente dos EUA, George W. Bush, agora acredita que uma nova rodada de estímulo seja necessária, Perino evitou responder, afirmando apenas que Bush decidirá depois de consultar seus assessores econômicos e estudar as propostas dos congressistas. As informações são da agência Dow Jones.

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