PUBLICIDADE

Publicidade

Casa Branca não aceitará oferta de republicano para imposto--fonte

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não está disposto a aceitar uma nova oferta do líder republicano da Câmara dos Representantes, John Boehner, de aumento de impostos sobre quem tem maiores rendimentos em troca de grandes cortes em programas sociais, disse uma fonte na noite de sábado. A forma e os detalhes da oferta de Boehner não ficaram claros no sábado, nem o exato motivo que levaria o presidente a rejeitá-la. A fonte disse que a Casa Branca vê a oferta feita na sexta-feira por Boehner, que preside a Câmara, como um sinal de progresso, mas simplesmente acredita que a proposta é insuficiente e que existe muito ainda a ser estudado antes de Obama responder. As taxas dos impostos e benefícios sociais são as duas questões mais difíceis nas negociações, até o momento improdutivas, entre democratas e republicanos para evitar o chamado "abismo fiscal", um conjunto de aumentos de tributos e cortes de gastos fixados para o ano-novo, a menos que o Congresso e o presidente cheguem a um acordo para evitá-los. A oferta de Boehner é o primeiro sinal de uma mudança significativa na insistência republicana de que as baixas taxas de tributação prestes a expirar em 31 de dezembro sejam prorrogadas para todos os contribuintes, e podem trazer algum risco para o republicano. Conservadores, particularmente do grupo republicano denominado "Tea Party", veem o recuo da posição de aumentos iguais de impostos para todos como um abandono de princípios do partido, e da base republicana. Obama quer que pessoas com rendimentos elevados - aqueles que ganham cerca de 250 mil dólares por ano ou mais - paguem mais impostos, a fim de colocar o ônus da redução do déficit sobre aqueles que, segundo diz, têm mais condições de pagar. Em conversas privadas, os republicanos têm falado em propor a Obama um limite de 1 milhão de dólares. No entanto, o presidente já havia dito que isso é inaceitável porque não resultaria em recursos suficientes para reduzir o déficit de modo expressivo ou para evitar o corte de despesas públicas. Na questão dos benefícios sociais, o presidente norte-americano enfrenta pressões dos próprios democratas, que consideram a proteção do Medicare, o programa governamental de seguro de saúde para os idosos, como um princípio fundamental. Um bloco importante de democratas do Congresso já sinalizou que não vai aceitar grandes cortes no Medicare como parte de qualquer acordo. Não ficou claro, no sábado, se o presidente tinha comunicado a sua resposta a Boehner.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.