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Casa Branca nega uso de pacote para ajudar montadoras

Democratas tentam usar parte dos US$ 700 bilhões destinados ao mercado financeiro para indústria automotiva

Por Agência Estado e Associated Press
Atualização:

A Casa Branca disse neste sábado, 15, que não irá usar dinheiro do pacote de resgate de US$ 700 bilhões, destinado ao setor financeiro, para ajudar as montadoras norte-americanas, que vêm sofrendo com a crise. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, os recursos alocados para o setor financeiro devem ser preservados para seu fim original. Veja também: Medidas do G-20 incluem reforma do FMI e controle moderado Bush defende livre mercado de críticas de excesso de liberdade Novo pacote a montadoras só deve sair após posse de Obama De olho nos sintomas da crise econômica  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Dicionário da crise  Congressistas democratas estão convocando uma sessão especial para a próxima semana, numa tentativa de aprovar novas medidas para ajudar a economia do país. Eles querem que uma parte dos US$ 700 bilhões que a administração Bush está usando para resgatar bancos, seguradoras e outras instituições financeiras seja usada para ajudar as montadoras. Defensores de uma ajuda ao setor automotivo haviam proposto um pacote de resgate de US$ 25 bilhões para o setor, mas, diante da forte oposição do presidente George W. Bush e de congressistas republicanos, se dispuseram a reduzir a proposta. Segundo Perino, o governo preferiria que o Congresso acelerasse a liberação de US$ 25 bilhões relativos a um programa de empréstimos para o desenvolvimento de veículos mais eficientes, e que as montadoras usassem esse dinheiro para fins mais urgentes. GM, Ford e Chrysler, afetadas por quedas nas vendas e crédito escasso, estão fazendo lobby junto a congressistas por uma injeção de dinheiro. A GM já anunciou que talvez não consiga sobreviver até o final do ano sem ajuda governamental.

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