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Casas Bahia e Pão de Açúcar ficam separadas até janeiro

Executivos das duas empresas apresentam até o dia de 28 de dezembro informações sobre o negócio ao Cade

Por Gerusa Marques
Atualização:

O presidente do Conselho de Administração do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, e o diretor-executivo da Casas Bahia, Michael Klein, asseguraram ao presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, que as operações dos dois grupos continuarão separadas até o fim de janeiro. "Eles vieram tranquilizar o Cade de que nenhuma medida estrutural será tomada antes do fim de janeiro", afirmou Badin, depois da reunião.

 

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Na última sexta-feira, 4, o grupo Pão de Açúcar anunciou a compra da Casas Bahia, que deve resultar em uma empresa com faturamento de R$ 40 bilhões. "Estamos muito tranquilos com a operação. Vamos oferecer todas as informações ao Cade. Somos cumpridores da lei e vamos fazer tudo direitinho", disse Diniz, após o encontro. Ele acredita que não há necessidade de restrições ao negócio, mas acrescentou que quem vai julgar o assunto é o Cade.

 

O presidente do Cade não quis adiantar nenhuma posição do conselho. Mas lembrou que o órgão dispõe de medidas jurídicas para preservar os ativos ou postergar a efetivação de operações como essa. "Neste caso não sei se era necessário. É preciso ter acesso às informações para fazer uma análise se haverá a necessidade de alguma medida", disse Badin.

 

Segundo ele, os executivos disseram que vão cumprir o prazo legal, de 28 de dezembro, para apresentar formalmente as informações sobre o negócio ao Cade. Ele disse que ainda será sorteado o relator do caso. Badin disse também que os executivos se comprometeram a cumprir todas as medidas que venham a ser exigidas pelo Cade, embora estejam confiantes de que não há nenhum problema concorrencial.

 

"Fizemos basicamente uma aproximação com eles (Cade), para oferecer nossa ajuda no que pudermos prestar de informações, para que o próprio Cade tome sua decisão", resumiu o diretor-executivo da Casas Bahia, Michael Klein. Ele espera que este Natal seja muito melhor que do ano passado. "Estamos prevendo um Natal muito bom, para todo o comércio e o Brasil inteiro", disse.

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