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Cautela ao fazer seguro de carro por perfil

Apesar de oferecer descontos, o seguro por perfil não é recomendável para todos os segurados. Em alguns casos, eles podem ter restrições na hora de pagar indenização na ocorrência do sinistro.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os consumidores devem ter cautela ao contratar um seguro de automóvel por perfil, no qual as seguradoras dão descontos de acordo com o perfil do consumidor. A empresa aplica um questionário que inclui informações sobre quem costuma usar o veículo, a freqüência de sua utilização, se é dirigido por uma ou mais pessoas, se é guardado em garagem, entre outras. A partir dessas informações, a seguradora avalia o risco do cliente sofrer sinistro e, assim, estipula um preço para cada cliente. Por isso, esse tipo de seguro só é vantajoso para quem tiver um perfil considerado de pouco risco. Caso contrário, o desconto será muito pequeno em relação ao seguro tradicional e haverá maior burocracia na ocorrência do sinistro, pois a empresa verificará se as restrições do contrato foram obedecidas. Para obter vantagem no seguro por perfil é fundamental não mentir ao responder o questionário. Não adianta dar informações falsas para obter um desconto maior, pois, quando ocorre o sinistro, a seguradora checa todas as informações prestadas pelo segurado. Segundo o coordenador de serviços ao associado do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Marcos Diegues, caso seja compravada má fé do segurado, em caso de sinistro ele pode perder o direito à indenização. No entanto, cabe à seguradora comprovar que o cliente agiu realmente de má fé. Cláudia Silberman afirma que o seguro por perfil não é um tipo diferente de seguro, mas apenas uma avaliação diferenciada de risco para determinar o preço do seguro. "Através da análise do perfil do cliente, as seguradoras buscam um preço justo para o seguro. Tecnicamente é perfeito". Cuidado com perguntas subjetivas O consumidor deve ficar atento com perguntas subjetivas, que dêem margem para uma interpretação dúbia e possam justificar o não pagamento da indenização por parte da seguradora, alerta a assistente de direção do Procon-SP, Dinah Barreto. "As perguntas devem ser bastante objetivas, específicas", avisa Dinah. Segundo Cláudia Silberman, chefe da divisão de capitalização e seguro de bens da Superintendência de Seguros Privados (Susep), perguntas ou critérios subjetivos não podem negar indenização. De acordo com ela, o consumidor deve negar-se a responder perguntas subjetivas. Os consumidores que não tiverem atentado a esse detalhe podem, se forem prejudicados, solicitar a indenização da seguradora na Justiça. Ela cita como exemplo: "Se a seguradora pergunta para um casal qual dos dois utiliza o carro a maior parte do tempo e eles respondem que é o marido, mas no momento do sinistro quem dirige o carro é a mulher, a seguradora não pode negar-se a conceder a indenização. Esse é um tipo de pergunta subjetiva", diz.

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