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Cautela no mercado pela véspera de aniversário

Com poucos negócios, o dia foi de muita cautela nos mercados em função do aniversário do 11 de setembro amanhã. Houve muita especulação no câmbio pelas taxas de vencimento de US$ 1,9 bilhão em títulos cambiais.

Por Agencia Estado
Atualização:

Amanhã será o aniversário dos atentados terroristas em Nova York e Washington. Os Estados Unidos estão em alerta, com sistemas de segurança reforçados em todo o país e nas suas representações no exterior. A probabilidade de um ataque com sucesso neste 11 de setembro é considerada pequena, mas foi o suficiente para manter os mercados brasileiros cautelosos, entre outros fatores. Se, por um lado, o resultado das pesquisas eleitorais divulgadas ontem agradou os investidores, também não teve tanto efeito sobre os negócios. José Serra (PSDB/PMDB), o favorito dos mercados, isolou-se em segundo lugar, mas a informação já havia vazado, justificando a pequena recuperação das cotações ontem. O clima ainda é de cautela, pois faltam cerca de quatro semanas para as eleições, e há tempo para mudanças. Além disso, Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PL) está próximo do limite necessário para vencer o pleito já no primeiro turno, embora analistas considerem isso improvável. No câmbio, o pequeno volume de negócios favoreceu a especulação em torno do vencimento de títulos cambiais amanhã no valor de cerca de US 1,9 bilhão. A taxa de amanhã definirá a correção desses títulos. O Banco Central (BC) confirmou intervenção no mercado para conter as cotações. Ao menos, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, que está na Europa encontrando-se com lideranças políticas e econômicas, afirmou que as linhas de crédito externas ao Brasil se estabilizaram, o que, se for verdade, pode vir a ser um fator a menos pressionando o dólar. E o cenário internacional não se resume ao aniversário dos atentados. Na quinta-feira, o presidente George W. Bush faz um pronunciamento na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as tensões com o Iraque. A intenção de atacar o país é clara, mas os Estados Unidos não têm conseguido convencer a maioria dos seus aliados a apoiá-los. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,1370 nos últimos negócios do dia, em alta de 1,19% em relação às últimas operações de ontem, oscilando entre R$ 3,1030 e R$ 3,1570. Com o resultado de hoje, o dólar acumula uma alta de 35,45% no ano e 3,87% nos últimos 30 dias. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 20,410% ao ano, frente a 20,430% ao ano ontem. Já os títulos com vencimento em julho de 2003 têm taxas de 22,850% ao ano, frente a 22,500% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,06% em 9960 pontos e volume de negócios fraco, de R$ 369 milhões. Com o resultado de hoje, a Bolsa acumula uma baixa de 26,64% em 2002 e 0,25% nos últimos 30 dias. Das 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa -, o número de altas e baixas se equilibrou. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 0,98% (a 8602,6 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - subiu 1,19% (a 1320,09 pontos). Às 18h, o euro era negociado a US$ 0,9750; uma queda de 0,52%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 0,34% (376,83 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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