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CCE culpa DM por contrabando

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-superintendente corporativo da CCE, Nélson Sany Wortsman, pôs nesta quarta-feira toda a responsabilidade dos equipamentos contrabandeados descobertos pela Polícia Federal na DM Eletrônica, a quem pertenciam os contêineres abertos pela PF em janeiro. "Se aqueles produtos eram destinados à CCE, isso não era de nosso conhecimento. Nós compramos da DM apenas produtos fabricados no Brasil, nunca importados", garantiu o diretor. A DM seria a responsável por produzir algumas peças que por falta de demanda que justificasse uma linha de montagem própria, seriam compradas pela CCE e distribuídas no mercado. Essas peças já eram entregues pela DM com a marca da CCE gravada. "O que é muito comum neste tipo de parceria comercial", afirmou. De acordo com Wortsman, a DM Eletrônica não poderia produzir estas peças no exterior e importá-las como se fossem insumos de produção. "É por isso que a Polícia Federal encontrou produtos CCE dentro do contêiner. Se não fossem descobertos, eles seriam mesmo comprados pela CCE e jogados no mercado. Só que, para nós, era passada a informação que eles teriam sido produzidos no Brasil", disse. Wortsman esclareceu que o volume de contrabando descoberto já seria suficiente para deixar claro que a CCE não teria participação no processo. "Temos um parque industrial de 300 mil metros quadrados produzimos 2,5 milhões de peças por ano, temos um faturamento de US$ 200 milhões e cinco mil funcionários em todo o País. Não temos motivo para contrabandear quantidade tão pequena de peças", disse. Quanto à presença de Isaac Sverner, presidente da CCE, no quadro de acionistas da DM Eletrônica, Nélson a justificou como sendo um comportamento de caráter pessoal do presidente. "Ele tem 30% das ações da DM, mas nenhuma participação nas decisões da empresa. Não tem o controle acionário. É apenas mais um de muitos acionistas que a DM tem", garantiu. A CCE contratou o advogado paulista Márcio Thomaz Bastos. Nesta quinta-feira, haverá entrevista coletiva na sede de Alfândega, em Manaus, como superintendente-regional da Receita Federal, José Tostes, e o superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Carlos Lacerda Júnior.

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