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CCE nega vínculo com apreensão de importados

Por Agencia Estado
Atualização:

O caso da apreensão de contêineres com produtos importados da DM Eletrônica. no Pólo Industrial de Manaus, que continham produtos com a marca CCE, provocou nesta segunda-feira grande nervosismo no mercado de produtos eletroeletrônicos. A diretoria da CCE reuniu-se à tarde para estudar o conteúdo de um comunicado oficial a ser divulgado nesta terça-feira nos principais jornais do País. A grande preocupação da diretoria da empresa é desvincular a participação de Isaac Sverner, presidente do Grupo CCE, como acionista "individual e particular" da DM Eletrônica, da qual possui 30% do capital, da sua atividade à frente da gestão da CCE. "Ele vai se defender na pessoa física", disse o diretor-superintendente corporativo da CCE e porta-voz da empresa, Nelson Sany Wortsman. O advogado da DM Eletrônica, Milton Rosenthal, disse não ter tido ainda acesso aos autos, que correm sob segredo de Justiça. As primeiras medidas dele foram pedir o relaxamento da prisão em flagrante de três funcionários da DM que foram presos juntamente com os contêineres, entrar com pedido de habeas-corpus para os presos e revogação da prisão preventiva. Rosenthal aguarda a nomeação e a chegada de um juiz de Brasília a Manaus, pois o titular está de férias. "Assim que tiver acesso aos autos, tenho certeza de que haverá explicação para tudo", disse ele, garantindo a inocência da DM. Na CCE, Wortsman disse estar "perplexo com as acusações extremamente sérias à empresa que tem muito a mostrar ao mercado". Segundo ele, a decisão de divulgar o comunicado é uma satisfação ao mercado, já que entende que a CCE não foi afetada em nada do ponto de vista legal. "Somos uma empresa que fatura R$ 1 bilhão por ano, vende 2,5 milhões de produtos, tem índice de nacionalização de 85% e agora vamos ser transformados nos maiores contrabandistas?", pergunta. Wortsman diz que a empresa compra de terceiros e também fornece para o mercado, daí os negócios com a DM, que representam apenas 1,5% do faturamento da CCE. Insistiu em que "a DM não é empresa coligada, não pertence a nenhuma coligada e há apenas o presidente da CCE, que tem participação minoritária", sem atuar na gestão da DM. "Ele faz isso com dezenas de empresas", afirmou. Wortsman contou que a apreensão foi feita no fim de janeiro e, do ponto de vista legal, "a CCE não tem nada a fazer". Segundo se comenta nos bastidores, a apreensão dos contêineres surgiu de uma denúncia que levou à descoberta de produtos importados montados, já com a marca da CCE. A partir daí, a Receita Federal e a Polícia Federal montaram uma operação que levou ao flagrante. "Os produtos encontrados nos contêineres não são de nossa propriedade", disse. Eram toca-fitas, rádio-relógios e aparelhos de CD.

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