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CDHU inicia negociação de mutuários inadimplentes

Campanha da CDHU para renegociar dívidas de inadimplentes durará até janeiro. Prazo para pagamentos, dependendo da situação financeira do mutuário, poderá até ser alongado. Mas quem não aproveitar a chance poderá ser acionado judicialmente.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) iniciou hoje (22) campanha para renegociar as dívidas de 100 mil mutuários inadimplentes. O volume eqüivale a aproximadamente 40% dos 245 mil clientes da companhia em todo o estado. Conforme o presidente da CDHU, Luiz Antonio Pacheco, a expectativa é que 90 mil pessoas regularizem sua situação. Se isso acontecer, a CDHU recuperará cerca de R$ 6 milhões por mês. "É o equivalente à construção de 4 mil casas por ano", afirmou Pacheco. Para a CDHU, inadimplente é aquele com pelo menos três prestações em atraso. De acordo com Pacheco, há casos extremos, em que o atraso chega a 50 prestações, mas a média dos devedores é de oito parcelas não quitadas. Mutuário receberá carta para agendar atendimento O atendimento será feito em 13 postos fixos instalados nas delegacias regionais da companhia. Na capital, o atendimento será feito em um posto na estação Sé do metrô. O horário de funcionamento será das 7h às 19h, de segunda a sábado. A companhia também oferecerá 33 postos móveis que percorrerão cidades do interior com mais de 20 mutuários inadimplentes. "Não é necessário correr para o posto porque todas as visitas serão pré-agendadas", explicou Pacheco. Cada mutuário receberá uma carta com o dia e horário em que deve ser atendido. Em cidades não cobertas pelos postos móveis, os inadimplentes serão orientados a procurar o posto mais próximo. Os investimentos na campanha chegam a R$ 2,8 milhões. Nos postos fixos a campanha termina em 19 de janeiro de 2002, e nos postos volantes, no dia 19 de dezembro deste ano. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800-7032281. Renegociação poderá alongar o prazo de pagamento Segundo Pacheco, há duas situações básicas de renegociação. Se o devedor não perdeu renda nos últimos tempos, a CDHU apenas renegociará as prestações em atraso oferecendo, por exemplo, a possibilidade de quitá-las no final do contrato. Contudo, se a renda do mutuário caiu, a companhia deverá readequar as prestações à nova faixa de renda, e poderá alongar o prazo de pagamento. A campanha também tratará da regularização de contratos de gaveta, da exclusão de co-participantes da renda familiar e dos clientes desempregados. "Quem não comparecer será executado judicialmente, porque a campanha dará todas as condições para o mutuário regularizar sua situação", advertiu Pacheco.

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