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Ceal diz que época é boa para investir na Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-executivo do Conselho de Empresários da América Latina (Ceal), Alberto Pfeifer, fez nesta terça-feira um alerta aos empresários afetados pela crise argentina. "É importante que o empresário brasileiro não desista da Argentina e que se empenhe em buscar segurança, ainda que junto ao governo, para garantir suas operações industriais e de comércio exterior", afirmou. Pfeifer argumenta que a Argentina não vai demorar a superar a atual turbulência política e econômica. O país, disse, vive um processo de distribuição de renda e de realinhamento político que resultará em uma economia mais forte e competitiva. "Trata-se de um mercado grande, com ativos desvalorizados e repleto de nichos a serem explorados pelo Brasil", afirmou. Para ele, com a recuperação da demanda argentina, ainda que paulatinamente, haverá um grau de desabastecimento interno que abrirá oportunidades importantes para a indústria brasileira. Pfeifer acredita que, a exemplo do que aconteceu com México, Sudeste Asiático, Rússia e o próprio Brasil, a Argentina não levará muito mais tempo para começar a se recuperar. Apesar de admitir que é muito difícil prever o que acontecerá nos próximos 30 dias, logo após a flutuação do câmbio, Pfeifer aposta que o momento é oportuno para os empresários reforçarem sua presença no país, aproveitando, por exemplo, para adquirir ativos industriais desvalorizados no país vizinho. "A Argentina é e continuará a ser fundamental para o comércio exterior brasileiro, para os investimentos industriais e para as transnacionais, que têm espaços conjugados de operação", afirmou. Na avaliação do Ceal, as chances de a crise argentina respingarem no Brasil são pequenas, mesmo com o aprofundamento da crise política verificado nesta semana. "Nossas finanças estão equilibradas e nosso regime cambial é flexível, com bom desempenho. A crise argentina vai significar menos exportações, mas isso já está provisionado. Os problemas do Brasil neste ano serão internos", concluiu, citando eleições, manutenção de juros altos e dificuldades em aumentar as vendas externas, como as principais questões internas a serem enfrentadas pelo Brasil neste ano. Leia o especial

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