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CEF deve ter novas linhas de crédito habitacional no próximo mês

A informação foi dada nesta quarta pelo vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da instituição, Fernando Nogueira

Por Agencia Estado
Atualização:

A Caixa Econômica Federal já deve ter no mês que vem novas linhas de crédito habitacional baseadas nas novidades anunciadas na terça-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A informação foi dada nesta quarta pelo vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da instituição, Fernando Nogueira, em entrevista. De acordo com ele, a instituição está desenhando os novos produtos e deve ter definições sobre eles "em breve, talvez na semana que vem". Lembrou, porém, que algumas das novidades ainda precisam de alterações em decretos e regulamentações e o lançamento dos produtos dependerá também disso. Entre as medidas anunciadas na terça, está o crédito habitacional consignado, com desconto das prestações no salário do mutuário, e o financiamento com taxa de juros fixa, sem a Taxa Referencial de Juros (TR). Nogueira disse que a Caixa alcançou na terça a marca de R$ 10 bilhões em crédito imobiliário contratado este ano e que "mantido esse ritmo, pode chegar a R$ 13 bilhões". O orçamento da instituição para isso era de R$ 10,3 bilhões neste ano, para financiamento a 450 mil unidades habitacionais. Se o volume de crédito alcançar os R$ 13 bilhões, Nogueira acredita que seria possível financiar 580 mil residências, muito acima da média de 2003 a 2005, que foi de 408 mil unidades. De acordo com ele, a Caixa tem 65% do mercado nacional de crédito imobiliário em valor e 90% da quantidade de contratos do mercado. O superintendente regional da Caixa no Rio de Janeiro, José Domingos Vargas, afirmou que "o conjunto de medidas anunciadas abrem um leque de possibilidades de produtos a serem desenhados e customizados e vão gerar um movimento saudável de competição". Segundo Vargas, "o crédito consignado certamente irá reduzir juros no médio prazo". No entanto, em quanto os juros serão reduzidos ou os prazos poderão ser alongados com o conjunto de medidas, "dependerá do ajuste que se dará pela competição (entre bancos)". Vargas afirmou ainda que as reduções do IPI sobre itens típicos de material de construção como chuveiros e bidês, assim como a inclusão de micro e pequenas empresas do setor no Simples, devem diminuir o custo das unidades habitacionais.

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