A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil poderão cobrar todas as taxas e custos envolvidos na abertura de contas correntes e concessão de empréstimos comuns, dos interessados em acessar a linha de financiamento para aquisição de produtos da linha branca e televisores. "Não existe restrição à cobrança da taxa de abertura de crédito", reconheceu o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. A regulamentação da medida também não cria nenhum tipo de restrição à cobrança de demais taxas e custos operacionais que estejam envolvidos nessa operação. Appy acredita, entretanto, que esses custos poderão ser absorvidos pelos bancos, considerando a possibilidade de concorrência entre as duas instituições federais. No caso da operação de crédito com desconto em folha de pagamento, as empresas poderão cobrar uma taxa de administração para fazer o desconto das parcelas do empréstimo na folha de pagamento de seus funcionários. Reajustes também são liberados O programa de abertura de crédito para aquisição de produtos da linha branca e televisores também não estabelece nenhum mecanismo que impeça o setor de reajustar o preço de seus produtos. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos, Paulo Saab, isso não implica que haverá reajustes até dezembro. "O mercado está parado e não há espaço para praticar nenhum reajuste", explicou Saab. Segundo ele, a sazonalidade também é um fator que deve impedir tentativas de aumentar o preço dos produtos. Como o último trimestre é tradicionalmente o melhor período de vendas do setor, as empresas evitam fazer qualquer reajuste em seus preços. "Gostaríamos até que houvesse (aumentos) mas não há espaço no mercado atualmente", reconheceu Saab.