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CEF fechou 2001 com prejuízo

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo com o ajuste feito no passado, que envolveu a movimentação de R$ 87 bilhões no balanço, incluindo um aporte de R$ 9,3 bilhões, a Caixa Econômica Federal fechou 2001 no vermelho. Segundo o presidente da instituição, Emílio Carazzai, não foi possível reverter o prejuízo de R$ 4,4 bilhões registrado nos primeiros seis meses do ano. "Empatamos no segundo semestre e agora estamos prontos para apresentar resultados positivos este ano", garantiu. O presidente da Caixa não quis adiantar os números do balanço do segundo semestre, que será divulgado até abril. "Os números ainda estão sendo fechados", disse. De acordo com Carazzai, o ajuste dos bancos públicos federais que, na Caixa, também significou uma limpeza de ativos, com a transferência de grande parte dos créditos problemáticos para uma instituição não-financeira, teve forte impacto sobre o balanço. O diretor de Finanças da instituição, Valdery Albuquerque, explicou que o problema no segundo semestre de 2001 foi a necessidade de aumento de provisão para cobrir eventuais perdas na carteira de crédito imobiliário, por causa de mudanças nas regras estabelecidas pelo BC no início do ano passado. "Nós tínhamos feito uma estimativa que, ao final, se revelou insuficiente", disse. Com a transferência da carteira podre de créditos imobiliários, a Caixa perdeu R$ 40 bilhões em ativos e caiu do segundo para o terceiro lugar no ranking dos maiores bancos. Com ativos da ordem de R$ 101 bilhões, a instituição ficou atrás do Banco do Brasil e do Bradesco. Na avaliação de Carazzai, é natural que isso ocorra, já que o sistema financeiro brasileiro vive um processo de reestruturação com várias fusões e aquisições.

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