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CEF prevê R$ 5,7 bi para habitação em SP este ano

Por Chiara Quintão
Atualização:

A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou hoje orçamento para habitação no Estado de São Paulo em 2008 de R$ 5,7 bilhões, valor 11,76% maior que o desembolso do ano passado. Em 2007, foi contratado o valor recorde de R$ 5,1 bilhões para habitação na Caixa, cifra 41,34% superior aos recursos aplicados em 2006. O orçamento inicial da Caixa para habitação no Estado de São Paulo no ano passado era de R$ 3,5 bilhões, mas o desembolso chegou a R$ 5,1 bilhões com as suplementações de recursos feitas ao longo do ano. Para 2008, o superintendente Regional da Caixa, Augusto Bandeira Vargas, prevê que também haja suplementações. "Esperamos superar o crescimento de 41% dos recursos para habitação registrado em 2007", disse Vargas. Segundo ele, a melhora das condições de financiamento, com taxas de juros mais baixas e prazos mais longos que nos últimos anos, estimula que haja novos pedidos de suplementação de recursos para a habitação pela Caixa este ano. Na aplicação dos R$ 5,7 bilhões inicialmente previstos, a Caixa vai utilizar as taxas de juros reduzidas recentemente com os recursos da poupança e, as em vigor desde o começo de janeiro, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A redução dos juros resulta, segundo o superintendente, de repasse aos clientes da queda das taxas de inadimplência. Convênios Desde janeiro, a Caixa está ampliando o número de convênios com empresas para oferecer taxas de juros mais baixas para os funcionários. "Também temos cerca de dez convênios com construtoras e incorporadoras", disse Vargas. Dos R$ 5,1 bilhões destinados à habitação pela Caixa em 2007 no Estado, R$ 2,37 bilhões tiveram origem no FGTS, R$ 1,6 bilhão na poupança e R$ 1,12 bilhão em outros recursos. Do total, R$ 2,8 bilhões vieram do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Outros R$ 2 bilhões de recursos do PAC foram aplicados em saneamento e infra-estrutura. O total aplicado em habitação pela Caixa em São Paulo no ano passado financiou 204,706 mil unidades, o que representou crescimento de 97,14% em relação ao ano anterior. Na Grande São Paulo, foram 32 mil financiamentos habitacionais, no montante de R$ 2 bilhões. Cerca de 75% das contratações do Estado foram feitas por famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos, faixa em que está concentrado o déficit habitacional. Para 2008, Vargas espera crescimento dos desembolsos em todos os segmentos, mantendo a proporção de 75% para a baixa renda.

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