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CEF quer negociar fundo imobiliário na Soma

A Caixa pretende negociar seu fundo imobiliário na Soma. A negociação entre a CEF e a Soma já está em andamento. O produto deverá ser apresentado à CVM na próxima semana e a expectativa é de comercialização a partir de novembro.

Por Agencia Estado
Atualização:

O fundo imobiliário a ser lançado pela Caixa Econômica Federal (CEF) poderá ser negociado na Sociedade Operadora do Mercado de Ativos (Soma). A negociação entre a instituição e a Soma já está em andamento e, segundo o vice-presidente de administração de ativos de terceiros, Wilson Risolia, a finalização desse processo depende basicamente de um acordo sobre os custos da operação. "Não queremos transferir esses custos para o cotista, mas não podemos dispensar a possibilidade de oferecer o produto em um mercado secundário estruturado e com volume de negócios relevante para esse produto", afirma. O produto deverá ser apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início da próxima semana e a expectativa do vice-presidente da CEF é que o fundo imobiliário esteja disponível para venda nas agências da instituição na primeira quinzena de novembro. "Em 15 dias, acredito que todas as cotas do fundo estarão vendidas", diz o executivo. Características do fundo imobiliário CEF A carteira do fundo imobiliário da CEF será formada por um imóvel da instituição. Trata-se de um prédio localizado no centro do Rio de Janeiro, na esquina da rua Almirante Barroso com a Avenida Rio Branco. Caso a operação seja aprovada para a CVM, a Caixa deverá transferir a propriedade do prédio para o fundo e o ganho dessa carteira será dado pelo valor apurado com o aluguel do prédio. O imóvel será alugado pela própria instituição com um contrato de locação garantido por dez anos e renovável a cada cinco. Segundo Risolia, a projeção de rendimento é de 6% ao ano mais a correção pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). As cotas terão valor de R$ 1 mil e esta será também a aplicação mínima. O vice-presidente da Caixa informa que a instituição vai estabelecer um teto para o investimento, que deve ficar em R$ 1 milhão. Dessa forma, pretende-se impedir a concentração de grande parte da carteira nas mãos de poucos cotistas. Risolia informa que a administração da carteira não será feita pela CEF. "Por ser uma instituição pública, a Caixa não vai administrar os recursos. O objetivo é priorizar a transparência. O processo de escolha ainda não foi finalizado e a taxa de administração anual deve ficar entre 1,5% e 3% do patrimônio", destaca o vice-presidente da instituição. Outra característica do fundo é a garantia de recompra das cotas pela Caixa durante um ano. Ele informa que apenas os clientes da Caixa poderão comprar cotas do fundo imobiliário. Para aqueles que não forem, a opção será a abertura de uma conta investimento e a instituição ainda estuda como ficarão as tarifas para essa conta. Plano de reestruturação patrimonial A operação de venda de cotas do fundo imobiliário faz parte do plano de reestruturação patrimonial da Caixa para adequação a uma determinação do BC. Por essa regra, até dezembro, os bancos devem reduzir de 60% para 50% a porcentagem de imóveis nos ativos da instituição. O valor do prédio que compõe a carteira do fundo imobiliário da CEF gira em torno de R$ 100 milhões. Ao todo, a CEF deve reduzir em aproximadamente R$ 500 milhões os seus ativos em imóveis. Segundo Risolia, os R$ 400 milhões restantes referem-se às agências da Caixa que vêm sendo leiloadas. Veja mais informações sobre os fundos imobiliários nos links abaixo.

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