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Cenário bom para investir em imóvel

Apesar da procura em alta, preço ainda está bom para quem quer investir, avaliam especialistas.

Por Agencia Estado
Atualização:

O setor imobiliário sempre foi o grande refúgio dos investidores nos momentos de incertezas da economia nacional. E não está sendo diferente agora. Com o nervosismo do mercado financeiro, pressionado principalmente pela proximidade das eleições presidenciais, os aplicadores voltaram a recorrer à segurança dos imóveis para atravessar o momento de turbulência. Segundo o diretor da Hubert Imóveis, Hubert Gebara, os primeiros sintomas de melhora no setor apareceram em junho e estão sendo reforçados neste mês. "Apesar do aquecimento nas vendas, o preço ainda está bom para quem pretende investir no segmento." O presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), José Roberto Graiche, afirma que para investimentos em imóveis para locação, as oportunidades podem estar nas unidades de 1 ou 2 dormitórios, entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Nessa faixa, os proprietários atraem inquilinos da classe média e média baixa, cujo aluguel será da ordem de R$ 400 aproximadamente. A justificativa é que existe pouca oferta de bens com esse perfil no mercado imobiliário, diz Graiche. "Além disso, imóveis com preço de locação acima de R$ 800 podem não render tudo que o investidor espera, pois são mais difíceis de alugar." Outro atrativo das unidades pequenas é a rentabilidade, que tem potencial para chegar a 2% ao mês, superior aos ganhos de muitas aplicações financeiras, ressalta o vice-presidente de locação do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo (Secovi), Sergio Lembi. "Quanto menor for o imóvel, maior é a remuneração." Mas ele destaca que a valorização do bem estará atrelada à sua localização e à proximidade dos meios de transporte, principalmente do metrô. Um alerta para quem está entrando nesse setor é a baixa liquidez dos imóveis no mercado. Isso significa que se o investidor precisar de dinheiro rápido poderá ter prejuízos, pois a venda do bem não é uma tarefa muito fácil, podendo demorar uma semana ou um ano, afirma José Roberto Graiche, da AABIC. "Por isso é bom ressaltar que esse é um investimento de médio e longo prazo." Além disso, completa o diretor da consultoria Money Maker, Fábio Colombo, existem vários custos embutidos na compra e venda do imóvel que podem comprometer o ganho auferido. Ele diz que não é recomendado ter mais de 25% do patrimônio aplicado em imóveis, exatamente por conta da baixa liquidez. Para Hubert Gebara, o ideal é diversificar o investimento dentro do setor, comprando imóveis de vários perfis e valores. "Se tem R$ 500 mil, compre dois de R$ 200 mil e um de R$ 100 mil; isso acaba eliminando o risco de ficar com as unidades desocupadas." Colombo também alerta os investidores para os preços, que podem começar a aumentar com o crescimento da demanda. Mas ele afirma que as compras à vista sempre podem resultar em bons negócios, pois os investidores têm a oportunidade de conseguir descontos. O segmento de imóveis comerciais não vive um bom momento para locação, afirma Graiche. Segundo ele, nos últimos anos, surgiram muitos empreendimentos voltados para esta área, o que provocou uma superoferta de unidades no mercado. Além disso, os inquilinos desses imóveis encotraram uma saída para diminuir seus custos, dividindo apartamentos ou casas com outros profissionais. Para mais informações e orientações sobre a compra de imóveis, consulte a Cartilha de Investimentos em Imóveis do Finanças Pessoais, no link abaixo.

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