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Cenário é considerado favorável para a Bolsa

Desde o início de outubro, a Bolsa mantém um movimento de alta e, neste período, acumula uma valorização de 34,75%. As perspectivas continuam boas para este ano, mas ainda há incertezas no cenário que podem provocar oscilações.

Por Agencia Estado
Atualização:

Um dos sinais do otimismo que tomou conta do mercado financeiro é a valorização sustentada pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde o início de outubro. De lá para cá, o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bovespa - acumula uma alta de 34,75%. Para 2002, há muitos fatores que apontam para uma perspectiva positiva para as ações, como o isolamento do Brasil em relação à crise argentina, o afrouxamento do racionamento de energia, a recuperação da balança comercial, e a baixa do dólar e da inflação indicando possível recuo dos juros. Porém, grande parte deste cenário já está incorporado ao preço das ações e, portanto, resta saber até onde pode ir a onda de alta. Entre os mais otimistas, o diretor de Recursos de Pessoas Físicas da Corretora Ágora, Álvaro Bandeira, projeta um avanço de até 35% para o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bovespa - neste ano. Mas há quem considere, entre os analistas, que o investidor pode ter perdido o melhor momento para entrar na Bolsa. Parte do ganho obtido desde o fim de outubro já foi consumada, afirma o diretor de Renda Variável da Unibanco Asset Management, Jorge Simino. Ação é investimento para diversificação Os analistas lembram que o investimento em ações é recomendado apenas para a parte dos recursos que não têm uma data definida para resgate. Desta forma, o investidor poderá esperar pelo tempo necessário para que consiga o ganho pretendido. O diretor da Ágora reforça a recomendação. Ele acredita que a Bolsa deve ser avaliada como boa opção de diversificação do investimento. A possibilidade de oscilações na Bolsa em 2002 é considerada muito forte, segundo os analistas. O diretor de Asset Management do banco Inter American Express, Marcelo Allain, prevê que um dos motivos para esta tendência é a proximidade das eleições presidenciais no segundo semestre deste ano. "A eleição presidencial é um fator de risco, mas a Bolsa só deverá reagir a ela entre o fim de março e o início de abril", reforça Bandeira, da corretora Ágora. Segundo ele, outro fator de incertezas é a recuperação da economia norte-americana e os próximos desdobramentos da crise argentina. Dicas Embora o cenário seja favorável à Bolsa, é também preciso escolher papéis de empresas e setores que acenariam com maior valorização. O analista da Coinvalores Corretora, Marco Aurélio Barbosa, indica, além das ações do setor de telecomunicações e energia, como Telemar, Telesp Celular, Copel e Eletrobrás, papéis dos setores bancário e siderúrgico. Álvaro Bandeira, da Ágora, e Marcelo Allain, da Inter American, também apontam o setor de telecomunicações, cujas ações tiveram forte desvalorização em 2001 e podem recuperar-se este ano. Além desses, o diretor da Ágora sugere papéis da Petrobrás, Vale do Rio Doce, Souza Cruz e de empresas do setor bancário como opções de baixo risco na Bolsa. Allain aponta como interessante também um fundo de ações atrelado ao Ibovespa. Um fundo de ações, em vez da compra direta de ações, aliás, é a opção mais indicada para o investidor que não tem conhecimento técnico e tempo para o acompanhamento constante do mercado de ações. Mas, neste caso, o investidor paga uma taxa de administração ao gestor do fundo, que é cobrada mensalmente e incide sobre todo o patrimônio da carteira. Conheça mais sobre o mercado de ações no link abaixo e não deixe de ver também as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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