
29 de junho de 2009 | 19h40
A FGV anunciou hoje pela manhã que o IGP-M de junho recuou 0,10%, ante queda de 0,07% em maio. O resultado ficou no piso intervalo de expectativas dos economistas consultados pela Agência Estado, que era de -0,10% a 0,12%. O IGP-M de junho puxou também a taxa acumulada do primeiro semestre deste ano para uma deflação de 1,24%. Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de apenas 1,52%. Dos seis meses de 2009 que já contaram com medição de inflação da FGV por meio do IGP-M, cinco deles apresentaram deflação. A exceção no ano ficou por conta do mês de fevereiro, quando o IGP-M subiu 0,26%, ainda assim um resultado que não preocupou o mercado financeiro.
Especificamente em relação a junho, Salomão Quadros avaliou que, depois de superar a barreira dos R$ 2,00 no auge dos impactos da crise financeira global, o valor do dólar comercial passou por um processo de diminuição no País. Segundo ele, esse novo processo foi muito importante para manter o Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do IGP, em níveis baixos ou em queda, como em junho, quando a variação negativa deste subíndice foi de 0,45% ante -0,30% de maio.
Outro fator que ele chamou a atenção e que está ligado ao IPA industrial foi o comportamento dos preços do minério de ferro e do óleo diesel, que apresentaram quedas de 2,33% e de 14,27% em junho, respectivamente. Para Salomão, o IGP-M de junho captou só uma parte do impacto de queda esperada para o combustível gerada pela determinação do governo federal de redução no preço do diesel nas refinarias. "Esse efeito do diesel ainda está no começo e, no caso do minério de ferro, já começaram a aparecer movimentos de baixa no valor do item que não têm ligações apenas com a questão do câmbio. As mineradoras já estão começando a conceder alguma redução nestes preços e isso está aparecendo nos índices", avaliou.
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