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Cenário externo pode influenciar mercado

Ainda sob influência da notícia sobre a reavalição da Moody´s em relação à dívida externa brasileira, o mercado financeiro pode reverter o otimismo em função da situação da Argentina.

Por Agencia Estado
Atualização:

A notícia de que a agência de classificação de risco Moody´s está reavaliando o rating da dívida brasileira, com perspectiva de elevação do conceito, animou o mercado financeiro ontem. A expectativa dos analistas é que, ainda sob o efeito do otimismo registrado nessa quinta-feira, o mercado acionário, os juros e o câmbio apresentem novamente resultados positivos. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta de 0,04% e há pouco operava em queda de 0,45%. Ontem, com a notícia da Moody`s, o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações de empresas mais negociadas na Bovespa - chegou a subir 3,01% e fechou com alta de 2,15%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagavam juros de 17,110% ao ano no início da manhã. Ontem fecharam o dia em 16,930% ao ano, frente a 17,170% ao ano pagos na quarta-feira. A moeda norte-americana está cotada a R$ 1,8170 na ponta de venda dos negócios e registra alta de 0,33% em relação ao últimos negócios de ontem. Situação da Argentina pode comprometer otimismo Além da reavaliação da classificação da dívida externa brasileira, o mercado financeiro também comemorou ontem a emissão de Eurobônus pela Argentina. Isso porque, na quarta-feira, o país tinha desistido de fazer a emissão devido à falta de interesse por parte dos investidores estrangeiros. Porém, no início da manhã de hoje, o editor Vladimir Goitia apurou que a Argentina pretende pedir ao Fundo Monetário Internacional um "waiver", ou seja, uma dispensa de cláusula contratual firmada com o Fundo no início deste ano. A Argentina afirma que não está em condições de cumprir com as metas fiscais. O temor dos investidores é que isso afete a imagem dos países latino-americanos, criando instabilidade no mercado financeiro. Inflação mantém tendência de alta No cenário interno, a primeira notícia do dia foi a divulgação da segunda prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado ficou em 1,87%, superior ao número registrado na última medição que foi de 1,63%. O índice continua pressionado devido às altas nos preços dos alimentos e combustíveis. Na opinião dos analistas, a pressão inflacionária não compromete a meta de inflação para esse ano de 6%. Porém, pode influenciar a decisão do Comitê de Política Econômica (Copom) sobre nova redução na taxa básica de juros - Selic. O Comitê se reúne nos próximos dias 22 e 23 de agosto para reavaliara um novo corte na Selic, que está em 16,5% ao ano.

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