28 de outubro de 2010 | 09h37
No parágrafo 27 da ata da reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom), os diretores da autoridade monetária alteraram o tom ao tratar da influência externa sobre a evolução dos preços no Brasil. Nessa parte do documento divulgado nesta quinta-feira, 28, os membros do Comitê afirmam que "a influência do cenário internacional sobre o comportamento da inflação doméstica revela certo viés desinflacionário". O trecho é diferente do visto na ata do encontro de 45 dias antes, realizado em 31 de agosto e 1º de setembro, quando o texto citava que "a influência do cenário internacional sobre o comportamento da inflação doméstica revela viés desinflacionário". Foi, portanto, incluído o termo "certo".
O documento de outubro divulgado há pouco afirma que, no ambiente externo, "permanece elevada a probabilidade de desaceleração, e até mesmo de reversão, do já lento processo de recuperação em que se encontram as economias do G-3". O grupo é formado pelos Estados Unidos, Europa e Japão.
"Os preços de certas commodities e de ativos brasileiros se elevaram e, de modo geral, as perspectivas para o financiamento externo da economia brasileira seguem favoráveis. Em outra frente, a trajetória dos índices de preços mostra arrefecimento das pressões inflacionárias em algumas economias relevantes, enquanto persistem preocupações com a perspectiva de deflação em outras", afirma o texto no trecho 22.
"Nessa conjuntura, permanece elevada a probabilidade de que se observe alguma influência desinflacionária do ambiente externo sobre a inflação doméstica, conquanto persista incerteza sobre o comportamento de preços de ativos e de commodities em contexto de substancial volatilidade nos mercados financeiros internacionais."
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